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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

HISTÓRIA DA IGREJA CRISTÃ


Doutrina gnóstica 

ALGUNS TÓPICOS SOBRE A HISTÓRIA DA IGREJA CRISTÃ

(Da Igreja Apostólica a 313 A.D.)

 

As crenças dos cristãos primitivos eram muito simples: Todos os seus pensamentos sobre a vida cristã tinham como centro a pessoa de Cristo: Criam em Deus, o Pai; em Jesus como Filho de Deus, Senhor e Salvador; criam no Espírito Santo; criam no perdão dos pecados e na eminente 2a vinda de Jesus.
Crer, entretanto, que a Igreja Primitiva era imaculada e sem defeitos é um romantismo que não encontra respaldo na História da Igreja e nem no Novo Testamento. Aliás, o próprio Novo Testamento foi escrito tendo em vista as necessidades surgidas no dia a dia da Igreja. As epístolas, na maioria das vezes, foram escritas para corrigir a postura doutrinária de uma determinada igreja local ou para combater uma heresia incipiente (Gálatas . Escrita para combater os judaizantes; I e II Coríntios . Escritas para combater a frouxidão moral dos cristãos coríntios, bem como disciplinar o uso dos dons espirituais; I e II Tessalonicenses . Escritas para corrigir distorções no que diz respeito ao que aqueles cristãos acreditavam acerca da 2a vinda de Jesus.) O Apocalipse foi escrito para alentar uma igreja perseguida, demonstrando o senhorio de Jesus na História. Os Evangelhos foram escritos cerca de 60 a.D., uma vez que a geração que convivera com Jesus estava morrendo e o testemunho escrito é mais duradouro e menos susceptível a distorções que o testemunho oral.
Como dissemos, a formulação das doutrinas foi gerada pelos desvios da fé. A fim de definir os que de fato poderiam ser chamados de cristãos, a igreja, frente ao desafio das heresias, passou a sistematizar pontos doutrinários que exprimiam a “fé que de uma vez por todas foi entregue aos santos.”


As Perseguições

O primeiro grande desafio da Igreja foram as perseguições. A princípio o governo romano considerava a Igreja Cristã como uma das seitas do judaísmo, e como tal, uma religio licita. Posteriormente, com o crescimento do Cristianismo, passou a ver a igreja como distinta do judaísmo. À medida que crescia, o Cristianismo passou a sofrer cada vez mais oposição por parte da sociedade pagã e do próprio Estado. A primeira grande perseguição movida pelo Império deu-se sob Nero. A partir daí, outras perseguições ocorreram, mas elas nem foram de cunho universal, nem de duração contínua. Muitas vezes dependia do governo provincial. Após Nero, Domiciano (90-95) moveu curta, mas feroz perseguição aos cristãos. Já no segundo século, o imperador Trajano estabeleceu a política que norteou as perseguições ao cristianismo: o Estado não deveria gastar seus recursos caçando os cristãos, mas os que fossem denunciados deveriam ser levados ao tribunal e instados a negar a Cristo e adorar os deuses romanos. Quem não o fizesse deveria ser condenado à morte.
Dessa forma, a perseguição não tinha um caráter de política de Estado, mas estava sempre presente, posto que somente em 313 (séc IV) o cristianismo passou a ser considerada uma religio licita. Assim, vários foram os mártires cristãos nesse início da igreja: Simeão e Inácio, no período compreendido entre os reinados de Trajano e Antonino Pio; Policarpo e Justino, o Mártir, sob o reinado de Marco Aurélio; Leônidas, Perpétua e Felícitas, sob o reinado de Séptimo Severo; Cipriano e Sexto, durante a perseguição movida pelo imperador Valeriano. Perseguiram ainda a Igreja os imperadores Décio, Diocleciano e Galério
Basicamente havia duas linhas de oposição ao Cristianismo: popular e erudita. A oposição popular estava baseada em rumores e falsas interpretações dos ritos cristãos. Era voz corrente entre o povo que os cristãos participavam de festas onde havia orgias com incestos, inclusive, interpretando mal o fato de os cristãos se chamarem de irmãos e praticarem o “ágape”. Cria também o povo que os cristãos comiam a carne de recém-nascidos, isto devido ao que ouviam falar sobre a Ceia, na qual comiam a carne de Jesus, juntamente com os relatos do nascimento de Cristo.
Já os homens cultos da época faziam acusações a partir da própria crença dos cristãos, tais como, “Por um lado dizem que é onipotente, que é o ser supremo que se encontra acima de tudo. Mas por outro o descrevem como um ser curioso, que se imiscui com todos os assuntos humanos, que está em todas as casas vendo o que se diz e até o que se cozinha. Esse modo de conceber a divindade é uma irracionalidade. Ou se trata de um ser onipotente, por cima de todos os outros seres, e portanto, apartado deste mundo; ou se trata de um ser curioso e intrometido, para quem as pequenezas humanas são interessantes.” 
Ao povo em geral, a Igreja respondeu chamando-o a ver a conduta moral dos cristãos, muito superior à dos pagãos. Aos cultos e letrados, a igreja respondeu através dos Apologistas: Discurso a Diogneto, Aristides, Justino Mártir, Taciano (Discurso aos gregos), Atenágoras (Defesa dos Cristãos e Sobre a Ressurreição dos Mortos), Teófilo (Três livros a Autólico), Orígenes (Contra Celso), Tertuliano (Apologia), Minúcio Félix (Otávio).  


As Heresias

Ao lados das perseguições externas, o Cristianismo enfrentou um inimigo muito mais terrível, posto que interno, através de heresias, algumas delas propostas por líderes da própria igreja.
As primeiras heresias enfrentadas pela Igreja vieram dos judeus convertidos, problema já enfrentado por Paulo na igreja da Galácia. Os ebionitas, eram farisaicos em sua natureza. Não reconheciam o apostolado de Paulo e exigiam que os cristãos gentios se submetessem ao rito da circuncisão. No desejo de manterem o monoteísmo do Antigo Testamento, os ebionitas negavam a divindade de Cristo e seu nascimento virginal, afirmando que Ele só se distinguia dos outros homens por sua estrita observância da lei, tendo sido escolhido como Messias por causa de sua piedade legal.
Os elquesaítas, por sua vez, apresentavam um tipo de cristianismo judaico assinalado por especulações teosóficas e ascetismo estrito. Rejeitavam o nascimento virginal de Cristo, mas julgavam-no um espírito ou anjo superior. A circuncisão e o sábado eram grandemente honrados; havia repetidas lavagens, sendo-lhes atribuídos poderes mágicos de purificação e reconciliação; a mágica e a astrologia eram praticadas entre eles. Com toda probabilidade se referem a essas heresias a Epístola aos Colossenses e I Timóteo.
O ambiente gentílico também forneceu sua cota de heresias que atingiram a Igreja. O Gnosticismo, muito embora não possuísse uma liderança unificada e se apresentasse como um corpo doutrinário amorfo, foi terrível para a Igreja. Já vemos um gnosticismo incipiente no próprio período apostólico (Cl 2.18 ss; I Tm 1.3-7; 6.3ss; II Tm 2.14-18; Tt 1.10-16; II Pe 2.1-4; Jd 4,16; Ap 2.6,15,20ss). Nesse período, Celinto ensinava uma distinção entre o Jesus humano e o Cristo, que seria um espírito superior que descera sobre Jesus no momento do batismo e tê-lo-ia deixado antes da crucificação. Vemos João combatendo indiretamente essa heresia em João 1.14; 20.31; I João 2.22; 4.2,15; 5.1,5-6 e II João 7.
No segundo século, esses erros assumem uma forma mais desenvolvida, muito embora continuassem como um corpo amorfo. A bem da verdade poderíamos dizer que houve “gnosticismos”, mas há pensamentos comuns às várias correntes gnósticas. Gnosticismo vem do grego, “gnosis”, que significa “conhecimento”.  Para os gnósticos, a salvação era alcançada através do conhecimento esotérico de mistérios, os quais só eram revelados aos iniciados. Dividiam a humanidade em “pneumáticos”, “psíquicos” e “hílicos”. Os primeiros eram a elite da igreja, os que alcançavam o conhecimento que leva à salvação; os seguintes, eram os cristãos comuns, que poderiam alcançar a salvação através da fé e das boas obras; os últimos eram os gentios, irremediavelmente perdidos.
Na cosmovisão gnóstica, tudo que era material era essencialmente mau, e o que era espiritual era essencialmente bom. Logo, o Deus do Novo Testamento não poderia ser o deus do Antigo Testamento. O deus do AT era tido como Demiurgo, o criador do mundo visível. Ainda na visão gnóstica, entre o Deus bondoso que se revelou em Cristo e o mundo material havia vários intermediários, através dos quais o homem poderia achegar-se a Deus.
Sendo o corpo mau e o espírito bom, os gnósticos tendiam para dois extremos: alguns seguiam um ascetismo rigoroso, mortificando a carne, enquanto outros se lançavam na mais desregrada libertinagem.
Outra heresia que mereceu o combate da Igreja foi a heresia de Márcion, filho do bispo de Sinope, que parece ter tido duas grandes antipatias: Pelo Judaísmo e pelo mundo material. Ensinava Márcion, à semelhança dos gnósticos, que Iavé, o Deus do AT não era o Deus do NT, este, o Deus supremo. Iavé era um deus mau, ou pelo menos ignorante, vingativo, ciumento e arbitrário. O mundo material e suas criaturas eram criação de Iavé e não do Deus supremo. Este, entretanto, apiedou-se das criaturas de Iavé e enviou Jesus, que não nasceu de uma mulher, posto que isso faria com que passasse a ser criatura do deus inferior. Jesus surgiu como homem maduro no reinado de Tibério, na Galiléia.
Márcion rejeitou o Antigo Testamento, que até então eram as Escrituras aceitas na Igreja Cristã (o cânon do NT ainda não havia sido elaborado) por serem a palavra de Iavé, o deus inferior, e formulou um cânon para si e seus seguidores, que constava do evangelho de Lucas, expurgado do que ele considerava “judaísmo”, e das cartas de Paulo.
Também ensinava Márcion que não haverá juízo final, posto que o Deus amoroso a todos perdoará. Negava a criação, a encarnação e a ressurreição final.
Márcion chegou a formar uma igreja independente e seu ensino foi de um perigo terrível para a igreja, que na época não possuía um corpo doutrinário estabelecido e reconhecido por toda a cristandade.
Como se não bastasse essas heresias, houve também as heresias dos Montanistas e dos Monarquistas. Os montanismo surgiu na Frígia, por volta do ano 150. Montano afirmava que o último e mais elevado estágio da revelação já fora atingido. Chegara a era do Paracleto, que falava através de Montano, e que se caracterizava pelos dons espirituais, especialmente a profecia. Montano e seus colaboradores eram tidos como os últimos profetas, trazendo novas revelações. Eram ortodoxos no que diz respeito à regra de fé, mas afirmavam possuir revelações mais profundas que as contidas nas Escrituras. Faziam estritas exigências morais, tais como o celibato (quando muito, um único matrimônio), o jejum e uma rígida disciplina moral.
Já o monarquianismo estava interessado na manutenção do monoteísmo do AT. Seguiu duas vertentes: o monarquianismo dinâmico e o monarquianismo modalista. O primeiro estava interessado em manter a unidade de Deus, e estava alinhado com a heresia ebionita. Para eles, Jesus teria sido tomado de maneira especial pelo Logos de Deus, passando a merecer honras divinas, mas sendo inferior a Deus. O segundo, também chamado de sabelianismo, concebia as três Pessoas da Trindade como os três modos pelos quais Deus se manifestava aos homens.


Reação da Igreja

Face a essas ameaças, internas e externas, a igreja respondeu de várias formas. Vá vimos que os apologistas responderam às acusações assacadas pelos filósofos e pessoas cultas ao cristianismo. No plano interno, a igreja primeiro tratou de definir um Cânon, ou seja, uma lista dos livros considerados inspirados. Nesse período, havia inúmeros evangelhos, cartas, apocalipses circulando nas mais diversas igrejas. Alguns eram lidos em certas igrejas e não eram lidos em outras. Com o desafio de Márcion e também da perseguição sob Diocleciano, onde uma pessoa encontrada com livros cristãos era passível de morte, era importante saber se o livro pelo qual o cristão estava passível de morte era realmente inspirado. Não houve um concílio para definir quais os livros nem quantos formariam o NT. Tal escolha se deu por consenso, tendo alguns livros sido reconhecidos com mais facilidade que outros.
Definiu também a igreja regras de fé, sendo a mais antiga o chamado Credo Apostólico, o qual resumia aqueles pontos de fé que o cristão genuíno deveria subscrever, e era claramente trinitariano (Creio em Deus Pai, todo poderoso, criador do céu e da terra. Creio em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, o qual foi concebido por obra do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria, padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; no terceiro dia ressurgiu dos mortos, subiu ao céu, e está sentado à mão direita de Deus Pai, todo poderoso, de onde há de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo, na santa igreja católica; na comunhão dos santos; na remissão dos pecados, na ressurreição do corpo e na vida eterna).
Paralelamente, a igreja percebeu que precisava organizar-se estruturalmente. Definiu então a sucessão apostólica e o bispo monárquico para garantir a unidade da igreja, surgindo então o que é chamado de Igreja Católica Primitiva, significando o termo “católica” = universal.
Visto isso, podemos, até aqui, fazer um resumo gráfico do início atribulado da Igreja Cristã no império romano:  


Os Pais da Igreja

O Estado Romano e as heresias encontraram adversários à altura no seio da Igreja Cristã, seja através de mártires anônimos, que deram suas vidas mas não negaram a Jesus, seja nos homens que começaram a formular as doutrinas muitas das quais esposamos até hoje. Estes homens são chamados de Pais da Igreja,cujos ensinos passamos a resumir:
a)IRINEU:Nascido no Oriente e discípulo de Policarpo. Foi bispo de Lion. Escreveu Contra Heresias, no qual investe principalmente contra os gnósticos.
b)HIPÓLITO:Discípulo de Irineu; menos dotado que seu mestre; gostava mais das idéias filosóficas que Irineu. Provavelmente sofreu o martírio em Roma. Sua principal obra se chama Refutação de Todas as Heresias,na qual ele contesta os ensinos gnósticos.
c)Tertuliano:Homem de grande erudição, vívida imaginação e intensos sentimentos. De gênio explosivo, era naturalmente apaixonado na apresentação do cristianismo. Era advogado e introduziu termos e conceitos jurídicos na discussão teológica. Tendia a deduzir que todas as heresias provinham da filosofia grega, razão pela qual se tornou ardente opositor da filosofia. Seu fervor o levou a unir-se ao montanismo no final da vida.

DEUS E O HOMEM:

Consideravam que o erro fundamental dos gnósticos era a separação entre o verdadeiro Deus do Criador. Há um único Deus, Criador e Redentor. Deus deu a lei e revelou igualmente o evangelho. Esse Deus é treino, uma única essência que subsiste em três pessoas.
Tertuliano foi o primeiro a asseverar a tri personalidade de Deus e a usar o termo “Trindade”. Em oposição aos monarquianos ele enfatizava o fato de que as três Pessoas são uma só substância, susceptível de número sem divisão. Entretanto, não chegou à verdadeira declaração trinitariana, posto que concebia que uma Pessoa estaria subordinada às outras.
-O homem foi criado à imagem de Deus, sem imortalidade (sem perfeição), mas com a capacidade de recebê-la no caminho da obediência.
-O pecado é desobediência e produz a morte; a obediência produz a imortalidade.
-Em Adão, a raça humana inteira ficou sujeita à morte.
Tertuliano afirmava que o mal tornou-se um elemento natural do homem, presente desde o nascimento, e que essa condição passa de uma geração à outra. É o primeiro indício da doutrina do pecado original.


A PESSOA E A OBRA DE CRISTO:

a)IRINEU: O Logos existira desde toda a eternidade e mediante a Encarnação, o Logos se fez o Jesus histórico, e daí por diante foi verdadeiro Deus e verdadeiro homem. A raça humana, em Cristo, como o segundo Adão,é novamente unificada a Deus. A morte de Cristo como nosso substituto é mencionada, mas não ressaltada. O elemento central da obra de Cristo teria sido sua obediência, com o que foi cancelada a desobediência de Adão.
b)TERTULIANO: O Logos é uma Pessoa independente, gerada por Deus, da mesma substância que o Pai, embora difira deste quanto ao modo de existir como uma Pessoa distinta Dele.Houve um tempo em que o Filho não existia. O Pai é a substância inteira, mas o Filho é apenas parte dela, por ter sido gerado. Tertuliano, portanto, não conseguiu desvencilhar-se da teoria da subordinação, porém sua formulação foi importante na vinculação dos conceitos de “substância” e “pessoa” dentro da teologia.
   No tocante ao Deus-homem e Suas duas naturezas, Tertuliano foi superior a todos os outros Pais, à exceção de Melito, ao fazer justiça para com a perfeita humanidade de Jesus e afirmar que cada uma de suas naturezas reteve os seus próprios atributos. Para Tertuliano não houve fusão, mas a conjunção das duas naturezas em Jesus. No tocante à morte de Cristo, embora enfático acerca de sua importância, não é muito claro, pois não ressalta a necessidade de satisfação penal, mas apenas a de arrependimento por parte do pecador. Seu ensino é permeado por certo legalismo. Ele fala da satisfação dos pecados cometidos após o batismo mediante arrependimento ou confissão. Por meio de jejuns e outras formas de mortificação, o pecador é capaz de escapar da punição eterna.

SALVAÇÃO, IGREJA E AS ÚLTIMAS COISAS

a) IRINEU:Não foi totalmente claro em sua soteriologia. A fé é um pré-requisito para o batismo,entendendo-se fé não apenas como concordância intelectual da verdade, mas incluiria a rendição da alma, resultando numa vida santa. O homem seria regenerado pelo batismo; seus pecados seriam lavados e uma nova vida começaria dentro dele.
b) TERTULIANO:O pecador, pelo arrependimento, obtém a salvação pelo batismo. Os pecados cometidos após o batismo requerem satisfação mediante penitência, ficando cancelada a punição após o seu cumprimento. Antevê-se a base do sacramento católico-romano da penitência.
Com relação à igreja, voltavam ao judaísmo, identificando a igreja(comunhão dos santos) com a igreja visível (organização), atribuindo a esta a qualidade de canal da graça divina, fazendo com que a participação nas bênçãos da salvação dependesse de ser membro da Igreja visível. Devido à influencia do Velho Testamento, também passou para primeiro plano a idéia de um especial sacerdócio medianeiro.
Em relação à doutrina da ressurreição da carne, os Pais citados foram seus campeões, baseados na ressurreição de Jesus.


Os Pais Alexandrinos

A Teologia  Alexandrina, ou Escola de Alexandria, foi uma forma de teologia que apelou para a interpretação alegórica da Bíblia, e foi formada pela combinação extravagante entre a erudição grega e as verdades do evangelho. A Escola de Alexandria chegou até a lançar mão de especulações gnósticas na formulação de suas interpretações escriturísticas. Seus principais expoentes foram Clemente de Alexandria e Orígenes.
    Clemente não era um cristão tão ortodoxo quanto Irineu ou Tertuliano, mas como os apologistas, buscava uma ponte entre a filosofia da época e a tradição cristã. Tinha como mananciais do conhecimento das coisas divinas tanto as Escrituras quanto a razão humana.
    Orígenes nasceu em lar cristão e foi discípulo de Clemente, a quem sucedeu como catequista de Alexandria. Era o mais erudito dos pensadores da Igreja Primitiva e seus ensinos eram de natureza assaz especulativa. No final da vida foi condenado por heresia. Formulou o primeiro compêndio de teologia sistemática, chamado De Principiis. Nessa formulação,combateu tanto os gnósticos quanto os monarquianos. Conquanto tenha desejado ser ortodoxo, seus escritos traziam sinais identificativos do neo-platonismo, sem falar na sua interpretação alegórica, que abriu caminho para todas as formas de especulação e interpretação arbitrárias.


DEUS E O HOMEM

Orígenes alude a Deus como o Ser incompreensível, inestimável e impassível,que de nada necessita. Rejeita a distinção gnóstica entre o Deus bom e o Demiurgo ou o Criador deste mundo. Deus é uno e o mesmo no Velho e no Novo Testamento. Orígenes ensinou a doutrina da criação eterna. Também ensinou Orígenes que o Deus único é primariamente o Pai, que Se revela e opera através do Logos, o qual é pessoal e co-eterno com Deus Pai, gerado por Ele por um ato eterno. Para Orígenes o Filho é gerado e não produto de uma emanação ou divisão do Pai. Apesar disso, usa termos que subentendem haver subordinação do Filho ao Pai. Na encarnação, o Logos uniu-se a uma alma humana, que em sua preexistência se mantivera pura. As naturezas de Cristo são conservadas distintas, mas é sustentado que o Logos, pela Sua ressurreição e ascensão, deificou a Sua natureza humana.
Quanto ao Espírito Santo, o ensino de Orígenes se distancia ainda mais da mensagem bíblica. Ele fala do Espírito Santo como a primeira criatura feita pelo Pai, por meio do Filho. Além disso, o Espírito não opera na criação como um todo, e sim somente nos santos. O Espírito possui bondade por natureza,renova e santifica aos pecadores, e é objeto de adoração divina.
Os ensinos de Orígenes sobre o homem são bastante incomuns. A preexistência do homem está envolvida em sua teoria da criação eterna, pois a criação original consistiu exclusivamente de espíritos racionais, co-iguais e co-eternos. A atual condição do homem pressupõe uma queda preexistente da santidade para o pecado, o que deu oportunidade à criação deste mundo material. Os espíritos caídos agora se tornam almas e são revestidos de corpos. A matéria veio à existência com o propósito precípuo de suprir uma habitação e ser meio de disciplina e expurgo desses espíritos caídos.
Já Clemente não foi claro na sua exposição do Logos. Em algumas ocasiões ressaltava a subsistência pessoal do Logos, Sua unidade com o Pai e Sua geração eterna, e em outras O representa como a razão divina, subordinada ao Pai.Distingue ele entre o Logos de Deus e o Logos-Filho, que Se manifestou em carne.Clemente não tenta explicar a relação entre o Espírito Santo e as demais Pessoas da Trindade.


A PESSOA E A OBRA DE CRISTO

Ambos ensinam que o Logos tomou a natureza humana em sua inteireza, corpo e alma, tendo-se tornado um homem real, o Deus-homem, embora Clemente não tenha conseguido evitar totalmente o docetismo. Dizia que Cristo comia, não porque precisasse de alimentos, mas para que Sua humanidade não fosse negada, além de ser incapaz das emoções de alegria e tristeza. Para Orígenes a alma de Cristo era preexistente, como todas as outras almas.
Acerca da obra de Cristo, Clemente alude à auto-rendição de Cristo como um resgate, mas não reforça a idéia que Ele foi a propiciação pelos pecados da humanidade. Sua ênfase foi de Cristo como Legislador e Mestre. A redenção não consistiria tanto em desfazer o passado, mas em elevar o homem a um estágio ainda mais alto do que o do homem antes da Queda.
Para Orígenes, Cristo foi um médico, um mestre, um legislador e um exemplo. Reconhecia também o fato de que a salvação dos crentes depende dos sofrimentos e da morte de Cristo. A morte de Cristo é apresentada como vicária,como uma oferta pelo pecado e como uma expiação necessária. Para Orígenes, a influência remidora do Logos se estenderia além desta vida, não somente osque tivessem vivido sobre a terra e morrido, porém, igualmente, todos os espíritos caídos, inclusive Satanás e seus anjos maus. Haverá uma restauração de todas as coisas.


DOUTRINA DA SALVAÇÃO, AS IGREJAS E AS ÚLTIMAS COISAS.

Os Pais alexandrinos ensinavam o livre-arbítrio do homem, capacitando-o a voltar-se para o bem e aceitar a salvação oferecida em Jesus Cristo. Deus oferece a salvação, e o homem tem a capacidade de aceitá-la. Apesar disso, Orígenes também alude à fé como graça divina. Seria um passo preliminar necessário à salvação. Mas isso representaria apenas uma aceitação inicial da revelação divina, precisando ser ainda elevado ao conhecimento e ao entendimento, daí prosseguindo para a prática de boas obras, que são o que realmente importam. Orígenes fala de dois modos de salvação, um mediante a fé (exotérico), e outro pelo conhecimento (esotérico). Certamente esses Pais não tinham a mesma concepção que o Apóstolo Paulo da fé e da justificação.
Orígenes considerava a Igreja como a congregação dos crentes, fora da qual não haveria salvação. Embora reconhecesse o sacerdócio universal dos cristãos, também dizia haver um sacerdócio separado e dotado de prerrogativas especiais. Orígenes e Clemente ensinavam que o batismo assinala o começo da nova vida na Igreja, bem como inclui o perdão dos pecados. Conforme ambos, o processo de purificação iniciado na vida do pecador na terra prossegue após a morte. O castigo seria o grande agente purificador e a cura para o pecado. Orígenes ensina que, por ocasião da morte, os bons entram no paraíso, ou num lugar onde recebem maior elucidação, enquanto os ímpios experimentam as chamas do juízo,o qual não se deve ter como punição permanente, porém como um meio de purificação. Clemente afirmava que os pagãos tinham oportunidade de arrepender-se no hades, e também que a provação deles só terminaria no dia do juízo; Orígenes dizia que a obra remidora de Deus não cessaria enquanto todas as coisas não viessem a ser restauradas à sua primitiva beleza. A restauração de todas as coisas haveria de incluir o próprio Satanás e seus demônios. Apenas poucas pessoas entram imediatamente na plena bem-aventurança da visão de Deus; a grande maioria precisa passar por um processo de purificação após a morte (Vemos aqui o embrião da doutrina do Purgatório). Orígenes mostrou tendência por espiritualizar a ressurreição. Parece que ele considerava como ideal o estado incorpóreo, apesar de crer numa ressurreição corporal.




A BÍBLIA, SUAS TRADUÇÕES


INTRODUÇÃO
Quando nos propomos conhecer a Palavra de Deus, precisamos ocupar com as línguas originais, as versões iniciais e traduções da Bíblia, É bom destacar que, por tantas perseguições empreendidas à Palavra de Deus, Sua poderosa mão agiu em todo tempo, preservando cada variação de Sua Palavra, para que Ela chegasse às nossas mãos, para felicidade de todos. Nesta lição estaremos vendo o poder de Deus, sustentando Sua Palavra.
1. CONHECENDO AS LÍNGUAS ORIGINAIS
Para que conheçamos as línguas originais em que foram escritas a Palavra de Deus, precisamos saber um pouco da história lingüística da Bíblia. É preciso o aluno saber que o Antigo Testamento foi escrito no idioma hebraico.
O hebraico é um idioma antigo do grupo de línguas semíticas, que eram faladas na Ásia. Segundo se sabe o primitivo alfabeto hebraico é originado do idioma fenício.
Outros trechos do Antigo Testamento entretanto, foram escritos em Aramaico, como algumas passagens Bíblicas no livros de Esdras, Jeremias e profeta Daniel.
Em Gênesis 3l .47, encontramos Labão em sua terra, Caldéía, falando aramaíco, e Jacó, vindo de Canaã, falando em hebraico. No tempo de Cristo o aramaico era usado normalmente pelos judeus e nações vizinhas.
Em saías 19.18, encontramos a língua hebraica sendo chamada de "língua de Canaã", e em saías 36,13, sendo chamada de "língua judaica".
O hebraico, como as demais línguas semíticas, lê-se da direita para a esquerda e seu alfabeto tem 22 letras. Para que o aluno tenha, uma idéia clara, basta observar o Salmo 119 e Lamentações de Jeremias, onde aparecem de forma harmoniosas essas 22 letras. A forma escrita tem passado por modificações ao longo dos anos, dando-nos hoje um idioma mais apurado.
Já o Novo Testamento, foi escrito no idioma grego. O grego faz parte do grupo das línguas arianas.
O grego que se emprega no Novo Testamento, é o popular, falado por todos da época, chamado "Koiné". Foi um dialeto usado a partir da conquistas de Alexandre, em 336 a.C. Esta foi a língua usada por Deus para espalhar a mensagem do evangelho até aos confins da terra (Mc 16.15).
O idioma grego tem 25 letras, a primeira é o alfa, a última o ômega, significando, o primeiro e o último, (veja Apocalipse 22.13, a perfeita identificação de Jesus com a língua falada no Novo Testamento).
2. CONHECENDO OS MANUSCRITOS ORIGINAIS
Todo o texto Bíblico foi preservado e chegou até nós mediante seus manuscritos, que eram rolos, feitos de dois principais materiais da época, papiro ou, pergaminho, escritos a mão. Daí o nome manuscritos, abreviado, MS. Claro que outros materiais foram usados nos tempos antigos para expressar a mensagem de Deus tais como: Pedra, (Ex 24.12); Argila. (Ez 4.1); tábua encerada, (Lc 1.63), e era usada a tinta, (Jr 36.18), feita de carvão em pó misturado a algo como goma arábica (cola).
Todo este material antigo tinha formato; por exemplo, um livro de pergaminho, tinha 65 cm de altura por 25 cm de largura. O rolo de papiro ou pergaminho, era preso a dois cabos de madeira, para se manusear mais facilmente durante a leitura, era enrolado da direita para a esquerda, não tinha um comprimento exato, pois dependia da escrita, mas tinha uma largura em média de 25 a 30 cm. Seria portanto difícil carregar os 66 livros da Bíblia a uma Escola Dominical, se não fosse a imprensa atual.
Dos manuscritos originais, saídos da mão dos escritores, não temos nenhum. Temos ainda hoje algumas cópias dos originais guardadas em museus, como: Códice dos Primeiros e Últimos profetas, no Cairo; Códice do Pentateuco, Museu Britânico e Códice Petropolitanto, contendo os últimos profetas, (biblioteca em Leningrado). Existem espalhados por vários museus e bibliotecas do mundo apenas fragmentos antigos de textos do Antigo Testamento em hebraico.
3. CONHECENDO AS MAIS ANTIGAS BÍBLIAS
Deus, sempre usou a capacidade humana para realizar Sua vontade concernente sua Palavra. Após a criação dos tipos móveis por Gutemberg - 1450 d.C., começou a se imprimira Bíblia. Iniciando-se pelo Antigo Testamento em hebraico, o primeiro texto foi publicado em 1488, na Itália.
O segundo texto do Antigo Testamento em hebraico foi impresso a partir de 1514 até 1517, distribuído em 1522, com o nome de "A Poliglota". Trazia além do hebraico, o Antigo Testamento em latim e o Novo Testamento em grego, a Septuaginta, esta foi sua primeira impressão. Muitos outros textos foram publicadas para a disseminação da Palavra de Deus.
Para que Antigo e Novo Testamento estivessem prontos deu-se um total de 1142 anos. Em menos de 100 foi escrito o Novo Testamento, e o Antigo foi escrito no espaço de 1046 anos, juntos, deu-se as impressões que acabamos de ver. A Palavra de Deus, agora impressa e distribuída, até hoje segue abençoando vidas e transformando caráteres.
4. CONHECENDO AS TRADUÇÕES DA BÍBLIA
a) Septuaginta: Temos na Septuaginta a primeira tradução completa do Antigo Testamento, a partir do original hebraico. Esta famosa versão, foi encomendada por um monarca egípcio ao sumo sacerdote Eleazar que enviou a Alexandria 72 eruditos, os quais completaram a obra em 72 dias. A partir daí tem-se em mãos algo precioso, que foi usado por Deus para ampla difusão entre as nações. Esta obra foi usada para preparar o mundo de então para a chegada do evangelho, através de Jesus Cristo. Nesta tradução foi dividido o Antigo Testamento em: Lei, História, Poesia e Profecia. Esta versão é usada até hoje na Igreja Grega.
b) A Vulgata: O latim, língua oficial dos romanos, expandiu-se através de suas conquistas, tornando-se necessário uma nova versão das Escrituras. Surge através de Jerônimo, um sábio em assuntos Bíblicos, a Vulgata, obra que foi realizada em 18 anos de trabalhos, num mosteiro de Belém. A Vulgata foi a primeira Bíblia impressa quando se inventou o prelo, editada em 1452, Alemanha. Por 1000 anos foi a Bíblia de quase toda Europa.
As versões inglesas surgem da necessidade de tornar a Palavra de Deus conhecida ao povo. A Inglaterra foi abençoada com a Bíblia. Vários trabalhos foram feitos no sentido de traduzir a Bíblia para o inglês.
e) Versão portuguesa: Esta versão em português, surge aos poucos. Várias partes das escrituras foram traduzidas para que abençoassem a povo. Dentre elas a versão mais completa é a de Almeida. Ministro da Igreja Reformada Holandesa, João Ferreira de Almeida, publicou o Nova Testamento, em 1681, ano em que faleceu, A tradução do Antigo Testamento chegou apenas ao livro de Ezequiel. Outros completaram sua obra. Até hoje usamos a Versão Revista e Corrigida de Almeida.
Destacamos a seguir outras versões na língua portuguesa: a) Versão de Figueredo, padre, traduziu da Vulgata; b) tradução brasileira, uma comissão de iminentes obreiros iniciaram os trabalhos em 1904. Foi publicado o Antigo Testamento em 1910 e o Novo Testamento em 1917. c) Versão de Rhoden, padre brasileiro, iniciou na Alemanha quando estudava, vinda concluir no Brasil. Publicada em 1935, traduziu direto dos originais que havia na época; d) Matos Soares, padre brasileiro, sua versão da Vulgata foi publicada em 1946, tornando-se a Bíblia popular da Igreja Católica no Brasil.
É importante sabermos que a Bíblia, é o livro mais traduzido em todo o mundo, cumprindo-se aqui a Palavra de Deus (Ap 5.9). (mas infelizmente, o menos lido!)
CONCLUSÃO
Conhecer um pouca da história das traduções, constitui-se para o cristão numa alegria singular. Saber que temos nas mãos um Livro mundialmente traduzido e conhecido (mas infelizmente, o menos lido!) dá-nos a certeza de ser ele um Livro Divino e abençoador daqueles que Nele confiam. (e lêem!)

domingo, 5 de junho de 2011

CARTA DE REPÚDIO


Acordei indignado! Pensei então: Vou fazer um B.O. por furto, estelionato ou apropriação indébita. Com certeza existe o crime . . .
Afinal de contas quem comprou os objetos foi o povo!
Quem participou das “campanhas” foi o povo!
Tudo foi comprado PARA o ministério e EM NOME do MINISTÉRIO, e não para ou em nome de uma pessoa física.
Epa! O que adiantaria mais um processo perdido entre as “pilhas” que já estão nos tribunais!
E o povo que anda dizendo como os da igreja de Laudicéia em Apocalipse 3.17 – “Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma...” – porém Deus responde: “... nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu.”
Que cegueira é esta que corrompe a fé e trás confusão? 1 Cor 14. 33 – “porque Deus não é de confusão, e sim de paz”.
Porém o apostolo Pedro nos instrui – 2 Pe 5. 2-3 - que os Pastores devem: “... pastorear o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho”.
O Apóstolo Paulo diz ao Pastor Timóteo – 1 Tm 2.8 - Quero, pois, que os homens orem em todo o lugar, levantando mãos santas, sem ira nem contenda.

O Apostolo Paulo adverte em Efésios 4.14 – “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.” Pois haveria um tempo, como o que estamos vivendo hoje, em que cumpriria o contido em Ezequiel 34.2 – “Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel (ou da sua cidade); profetiza, e dize aos pastores: Assim diz o Senhor DEUS: Ai dos pastores que se apascentam a si mesmos! Não devem os pastores apascentar as ovelhas?

Ei! Quando você esteve doente, triste, com problemas ... Quem foi te visitar? 

Porém o tempo do fim se aproxima e Deus diz em Ezequiel 34.10 – “Assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu estou contra os pastores; das suas mãos demandarei as minhas ovelhas, e eles deixarão de apascentar as ovelhas; os pastores não se apascentarão mais a si mesmos; e livrarei as minhas ovelhas da sua boca, e não lhes servirão mais de pasto”.

Houve uma inversão de valores nos dias atuais, onde alguns líderes religiosos não servem mais o povo, e sim, o povo que tem servido a esses líderes com seus bens, famílias e valores sentimentais.

Se Jesus Cristo voltasse agora como encontraria sua Igreja? Preparada como as virgens prudentes ou como as loucas que além de não possuírem recursos espirituais (azeite nas lâmpadas), quiseram aproveitar-se das sábias.

Que Deus nos ajude nessa nova fase. É um novo tempo de Deus para a Igreja na terra, onde “nada que há encoberto não haja de ser descoberto; nem oculto, que não haja de ser sabido” – Lucas 12.2.

Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau”. - Eclesiastes 12.14.

Infelizmente existem ainda aqueles que dizem como em Isaias 40.27 – “Por que dizes, ó Jacó, e tu falas, ó Israel: O meu caminho está encoberto ao SENHOR, e o meu juízo passa despercebido ao meu Deus?”

Por fim, aprendi com um Pastor, amigo meu: Que os frutos mostram que árvore somos. Porém existem frutos de justiça e injustiça, de benção e maldição, de paz e contenda. Quais estamos produzindo por onde passamos.
Que Deus nos ajude. 

Melhor é a repreensão franca do que o amor encoberto - Provérbios 27.5.

segunda-feira, 14 de março de 2011

CRISTIANISMO NAS SOMBRAS

Atos 2.42-47

E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.
E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.
E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum.
E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister.
E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,
Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.
Hoje existem muitas igrejas chamadas cristãs, porém vivem à sombra do cristianismo, mergulhadas em profundas distorções teológicas e firmadas em heresias, criando uma  uma grande diferença entre crescimento e inchaço - inchaço está ligado a doença, tumor ou vaidade - enquanto que crescimento era parte da Igreja Primitiva. 
Cinco foram os passos para que fizessem com que a Igreja crescesse:
1- UM SÓ CONHECIMENTO. Vers 42 - Perseveravam na doutrina dos Apóstolos, não eram como os meninos de Efésios 4.14, que eram agitados, levados pelo vento de doutrinas. Vers. 46 - perseveravam unânimes no templo e partiam o pão de casa em casa. Tinham o compromisso de estudar a palavra e ouví-la. Em Apocalipse 3.8 - na carta a Igreja de Filadélfia, o Senhor declara que conhece a obras do Pastor (Anjo da Igreja) e que diante dele colocou uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar ( no texto original é oportunidade), e que apesar da pouca força, guardou a Palavra e não negou o nome dEle (do Senhor).
- Partiam o pão de casa em casa - havia uma verdadeira comunhão ( comum + união), não havia fofoca, calúnia ou difamação.
2- UM SÓ POVO. Havia um sentimento único - v. 42 - Perseveravam na comunhão. Os líderes eram unidos para resolver os problemas que apareciam, como no caso sobre a circuncisão em Atos 15. 
- Atos 4.32 - Eram um o coração e a alma e ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuia, pois tudo lhes era comum. Não havia divisão entre o povo ( divisão = duas visões).
3- UMA SÓ FÉ (Atos 5. 12-16). Sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos. Os enfermos eram colocados nas ruas para que ao menos a sombra de Pedro se projetasse neles. Os doentes e atormentados de espíritos eram curados.
- Perseveravam na oração (Atos 4. 31) De forma que as curas, milagres e maravilhas eram comuns.
- Não faziam propaganda dos milagres como é visto hoje em dia nos programas de tv; onde pessoas tem suas vidas expostas para que o ibope da pseudo-igreja aumente perante o espectador que assiste em casa, alheio as verdades bíblicas. 
4- UMA SÓ MISERICÓRDIA ( miseri = pobre/miserável + cordia = coração). Assistiam aos menos favorecidos; viviam sob domínio romano, sendo obrigados a pagar altos impostos; poucos eram os ricos no meio do povo ou que possuiam posses; os bens (propriedades) eram vendidos, porém no aniversário de jubileu (50 anos) deveriam ser devolvidos ou quando o vendedor conseguisse o dinheiro de volta. 
- Os cristãos ultrapassaram o conceito de Dízimo do Antigo Testamento, como no caso de Barnabé (At 4.36) que vendendo uma propriedade entregou o valor aos pés dos apóstolos, para que os necessitados fossem amparados e não houvesse diferenças entre eles, porém, Ananias e Safira (Atos 5. 1-11) tendo o mesmo sentimento dos Fariseus do Antigo Testamento, venderam uma propriedade e tentando aparecer perante a Igreja, para serem vistos e admirados pelo povo, porém já estavam mortos (espirituais) antes que Deus tirasse a vida física deles. O apóstolo Paulo orienta ( 2 Cor 9.7) que cada um contribua segundo propôs no seu coração (não segundo o pregador apresenta para a igreja de uma "revelação" suposta de Deus), não com tristeza ou por necessidade, pois Deus ama ao que dá com alegria.  
5- UMA SÓ ESPERANÇA - 1Tes 2.19 - A nossa esperança, alegria, coroa em que exultamos, na presença de nosso Senhor Jesus em sua vinda, sois vós.
1Cor 15.19 - Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens.
Tito 2. 11-14 - Benefícios da Graça Salvadora de Cristo - Criam no arrebatamento; na volta de Cristo; não cultuavam deuses pagãos; não se vendiam (uma fé sem preço); tinha  como combustível a esperança. 
A IGREJA PRIMITIVA É A IGREJA DO ARREBATAMENTO. NÃO PRESA EM TEMPLOS OU DOUTRINAS HUMANAS.
Muitos são chamados, mas poucos, escolhidos. Mt 22. 1-14.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A NATUREZA DE DEUS A ESPIRITUALIDADE DE DEUS A PERSONALIDADE DE DEUS




Pastora ANA PAULA DE ANDRADE SANTOS
ETADT – Escola de Educação Teológica da Assembléia de Deus de Taubaté/SP

A NATUREZA DE DEUS

A ESPIRITUALIDADE DE DEUS

A PERSONALIDADE DE DEUS


Introdução


Falar da Natureza de Deus, de sua Espiritualidade e Personalidade, é entrar em um mundo completamente oposto ao que vivemos. Uma vez que Deus é Espírito, convém que o analisemos em Espírito, fora da nossa frágil carnalidade.
O que veremos a seguir é uma pequena parte do que Deus, em sua infinita misericórdia nos revelou, pois, só conhecemos algo de Deus, se assim nos for permitido por Ele.

 

 

 

A Natureza de Deus e sua Personalidade


Teologia é a disciplina que estuda Deus e Suas obras. Note que ela se distingue da Ética, mesmo da Ética Cristã; da Religião (exteriorização do relacionamento do homem com Deus); e da Filosofia (tentativa de conhecer todas as coisas só pelo uso da observação e da razão, sem partir de Deus e Sua Palavra, e nunca podendo trazer ninguém a Cristo 1Co 1.21; 2.6-8).
Teologia é incontornável: Mesmo quem se recusa a formular suas crenças teológicas tem doutrinas (= ensinos) consideravelmente definidas, ainda que grosseiríssimas. Isto é inevitável, devido ao instinto sistematizante do intelecto, que não se contenta com uma mera acumulação de fatos, mas busca organizá-los num sistema. Assim, é indispensável o estudo da Teologia com nosso mais alto esforço, para nos assegurarmos de que nossa Teologia é a certa, sã.
Teologia é necessária para o crente: Por causa da penetrante descrença e heresias desta época 1Pe 3:15b (Lc 18:8; Ef 4:14); Porque Deus não quis nos dar as Escrituras em forma sistematizada (Mt 13:11-13), deixando a nós o estudá-las e sistematizá-las 2Tm 2:15; Para desenvolver em nós o caráter de Cristo (só crendo certo é que podemos viver certos) (Ef 4:13); Para podermos servir ao Senhor efetivamente (2Tm 4:2; Tt 1:9).

A Existência de Deus é estabelecida pela Razão

a. Argumento da “Intuitividade” ou “Crença Universal Rm 2:15 [14-16]; 1:19-20 (Rm 1:19-23,28,32; Jó 32:8; At 17:28-29): 1) A Crença na existência de Deus é universal; é também necessária (no sentido de que é a “posição normal do pêndulo”: qualquer desvio dela é temporário e contra nossa natureza); portanto, esta crença é intuitiva, inata; não é mero resultado de tradições, educação, raciocínio acurado e educado (“Eu sempre soube que Ele existe, somente não sabia Seu nome!” Helen Keller); 2) Portanto, a crença na existência de Deus foi colocada no coração do homem; 3) Só Deus poderia fazê-lo; 4) Logo Deus existe.
b. Argumento da Causa-e-Efeito: Todo efeito tem uma causa apropriada (He 3:4). Portanto: 1) O poder, a inteligência, o propósito evidentes na natureza exigem e provam que Deus existe e que tem infinitos poder, inteligência e propósito; 2) O fato do homem ser uma pessoa e ser moral, exige e prova que Deus existe e que é a perfeição do saber, do sentir, do decidir, e do bem.
Poderíamos dividir o argumento da causa-e-efeito em 4:
- Argumento Cosmológico (da causa do universo), embutido em He 3:4: 1) A 2a. Lei da Termodinâmica diz que a entropia do universo sempre aumenta (o caos e desordem do universo aumentam, sua energia disponível diminui); Daí: Se o universo fosse eterno, sua energia utilizável, na eternidade passada, teria que ter sido infinita, o que é impossível; Logo o universo teve origem; 2) No universo, todo efeito tem que ter tido uma causa apropriada; 3)Logo o universo é o efeito de uma causa sem causa ,transcedente (fora do universo e em tudo seu superior ): Deus.
-Argumento Teleológico (da causa da ordem e propósito no universo) Sl 19:1-3; Rm 1:20 (Sl 8:3-5; 94:9; Rm 1:18-23): 1) A ordem e propósito num sistema implicam inteligência e propósito na sua causa; 2) Há assombrosa ordem e propósito no universo (o “ateu” Galeno criou “hino” de louvor a Deus, ao dissecar anatomia humana; Isaac Newton tapou a boca de “ateu” ao deslumbrá-lo com miniatura do sistema solar e dizer “não teve designer”;...); 3) Logo, o universo tem um designer transcedente, um originador e mantenedor das suas leis, inigualavelmente inteligente e com propósito: Deus.
- Argumento Ontológico (da causa da idéia de Deus): Todo homem, mesmo que sufocada e vagamente, tem a idéia de um Deus infinito e perfeito (At 17:21-23 [“ao Deus desconhecido”]; Rm 1:18-20); Esta idéia, por ser infinitamente superior ao homem e ao universo, neles não pode ter se originado; Logo ela só pode ter se originado em Deus, que existe e é infinito e perfeito.
- Argumento Antropológico ou da Causa da Moral Rm 2:14-15 (Gn 39:9 [José e a esposa de Potifar]; Sl 32:3-5; 38:1-4; Ec 12:14; Mq 6:8; Rm 1:19-32; 2:14-16): Uma voz insilenciável fala incessantemente à consciência, exige-lhe obediência e assevera de um Juiz que punirá cada desobediência [“Não fora esta voz ... e eu seria ateu” cardeal Newman]; Esta voz sobre a consciência não é nem imposta pelo indivíduo nem pela sociedade (freqüentemente lhes é contrária!); Portanto, existe alguém que fala à nossa consciência, que é bom, justo juiz, senhor, autor e mantenedor de uma lei moral permanente, absoluta e mandatória: Deus.
c. Argumento da “Congruência” ou “Harmonia com os Fatos”: Se um postulado é o único que (ou, de longe, o que mais ) se harmoniza com (e explica) uma série de fatos, então ele é crido e tomado como verdadeiro (exemplo: a teoria subatômica). A existência de Deus é a única (ou, de longe, a melhor) explicação para a: crença universal na Sua existência, nossa natureza moral e mental, nossa natureza religiosa, os fatos e as leis do universo. (ateísmo, panteísmo, agnosticismo, etc. não provêm uma explicação adequada, nem satisfazem nosso coração). Portanto, Deus existe, é bom e santo, e todo-poderoso.

A Existência de Deus é assumida pela Revelação: Gn 1:1 (Sl 14:1; 94:9-10; Is 40:12-31; He 11:6)
 A Natureza de Deus, Revelada por seus Atributos

Nossa razão, mesmo imperfeita, já nos ensinou muito sobre os atributos de Deus.
A natureza, de um modo que deixa o homem sem desculpas Rm 1:20, prega que Deus é : glorioso Sl 19:1; bom At 14:17; eterno e poderoso Rm 1:20;

Os Atributos Naturais de Deus

a. Deus é [a] Vida: Jo 5:26(Jr 10:10-15; At 14:15; 17:25; 2Cr 16:9; Sl 94:9-10). Deus é a fonte de toda a vida 1 Ts 1:9 (Jr 10:10-16; Ha 2:18-20).
b. Deus é Espírito, incorpóreo, invisível, sem substância material, sem paixões ou partes físicas, portanto livre de todas as limitações temporais. Jo 4:24. No V.T.: Dt 4:15-20,23 (Is 40:25; Ex 20:4). No N.T.: Lc 24:39 (1Tm 1:17; Cl 1:15; At 17:22-29; At 14:8-18).
c. Deus é Pessoa, existência dotada de autoconsciência e autodeterminação [plano para futuro]. De intelecto [poder de pensar], sensibilidade [poder de emoções e sentir], e volição [poder de decidir, vontade].
c.a. Tem Nomes de Pessoa: Ex 3:14 (Jo 8:58): “EU SOU” = “Eu sou o que sou” --> auto-suficiência + soberania absoluta + imutabilidade.
Os nomes de Deus dizem-nos que Ele é pessoa, e ensinam-nos muitos dos Seus atributos:

ADONAI
Senhor (=dono-controlador-provedor » KURIOS)
Merece obediência Gn 24:3,7,12; Js 5:14 (Aplic.: Ml 1:6; Jo 13:13; dá-nos provisão Fp 4:19)
EL
O Poderoso e Majestoso
Gn 1:1; Sl 19:1
ELOHIM
Plural de “El”, aludindo à Trindade
Gn 1:1 (verbo singular!)
EL ELION
O Poderoso Altíssimo, Sumamente Poderoso
Cuida de tudo, cuida pelos filhos Gn 14:22
EL OLAM
O Poderoso Eterno
Nunca cansa de cuidar dos Seus Is 40:28-31
EL ROI
O Poderoso que Vê
Nunca esquece nem deixa de cuidar dos Seus
Gn 16:13
EL SHADAI
O Todo-Poderoso
Cuida dos Seus, como mãe a bebezinho Sl 91:1; Gn 17:1
YAHWEH (JEOVÁ)
O Eterno e Auto-existente (“Eu Sou”)
Gn 2:4. O Deus do pacto
JEOVÁ ELION
O Auto-existente Altíssimo
Deus dos deuses, exaltado, elevado, transcedente Sl 7:17;47:2
JEOVÁ JIRÉ
O Auto-existente Proverá
Gn 22:13-14. Cordeiro substituindo Isaac
JEOVÁ MIKADISKIM
O Auto-existente vos Santifica
Ex 31:13. Dá remissão, preserva, santifica
JEOVÁ NISSI
O Auto-existente Nossa Bandeira
Conduz, lidera, faz-nos mais que vencedores Ex 17:15 (Aplic.: Sl 20:7).
JEOVÁ RAA
O Auto-existente Meu Pastor
Sl 23:1 (Sl 95:7). Guarda, guia, nutre...
JEOVÁ ROPECA = JEOVÁ RAFA
O Auto-existente Nos Sara
Ex 15:26. Recostura
JEOVÁ SABAOTE
O Senhor dos Exércitos
1 Sm 1:3; Is 6:1-3. Poder e governo (homens, estrelas, anjos)
JEOVÁ SHALOM
O Auto-existente Nossa Paz
Jz 6:24. Paz com e de Deus...
JEOVÁ SHAMÁ
O Senhor está Presente
Ez 48:35. Presença pessoal!
JEOVÁ TSIDEKENU
O Auto-existente Nossa Justiça
Jr 23:6 Justiça imputada (Aplic.: 1Co 1:30)

c.b. Tem Pronomes de Pessoa (masculinos, não neutros): Sl 116:1-2; Jo 17:3.
c.c. Tem Características e Propriedades de Pessoa: Provê Sl 104:27-30. Cuida 1Pe 5:6-7. Conhece Jo 10:15. Entristece-se Gn 6:6; Ef 4:30. Ira-se 1Rs 11:9. Odeia Pv 6:16. Tem zelo (ciúme, cuidado) Dt 6:15. Ama Jo 3:16; Ap 3:19. Decide Jo 6:40. É amigo Jo 15:15; He 4:15-16.
c.d. Mantém Relações de Pessoa com o Universo e com os Homens: É o:
-Criador (poder eterno e infinito) de tudo: Gn 1:1 (Gn 1:26; Jo 1:1-3; Ap 4:11);
-Preservador de tudo (em contínua relação pessoal) He 1:3 (Cl 1:15-17) (isto refuta o Deísmo);
-Benfeitor de todas as vidas Mt 10:29-30 (1Rs 19:5-7; Sl 104:27-30; Mt 6:26; At 17:28; Tg 1:17);
-Governante e Dominador das atividades humanas Rm 8:28 (Gn 39:21; 50:20; Sl 75:5-7; 76:10; Dn 1:9);
- Pai de Seus filhos Gl 3:26 (Jo 1:11-13; He 12:5-11).
d. Deus é Tri-Uno (3 pessoas em 1 só Deus) Consoantes à Bíblia, cremos em (e adoramos) 1 só DEUS, que em substância e natureza é 1, único, indivisível e sem similar, mas que, ó infinito mistério, é também 3 pessoas (o Pai, o Filho, e o Espírito Santo) eternamente: co-iguais, inter-existentes; inter-constituídas; inter-relacionadas; não separáveis mas não confundíveis; em concorde união e comunhão; as mesmas em substância mas distintas em subsistência. O Filho foi “gerado eternamente” pelo Pai Jo 1:14, o Espírito “procede eternamente” do Pai e do Filho Jo 14:16,26; 15:26.
d.a. Deus é 1 Só: A razão diz que há 1 só Deus, pois Ele é Todo-Poderoso, Todo-Suficiente, Auto-Existente, é Toda a Perfeição. A Revelação diz o mesmo, que há 1 Só Deus: Dt 6:4 (Dt 4:35; Is 43:10; 44:6-8; 45:5-6; 46:9; Mc 10:18; 12:29; Ef 4:4-6; 1Tm 2:5; Tg 2:19).
d.b. Deus é 3 Pessoas (Pai, Filho, e Espírito Santo):
-No V.T.: a Tri-Uni-Divindade é expressa diretamente Is 48:16; 61:1-2. É insinuada em Sl 2:6-9 (Sl 2:1-9; 45:6-8; 110:1-5; 63:9-10; Zc 2:10-11; At 13:33); O Espírito Santo é aludido na criação Gn 1:2; O Anjo do Senhor (Cristofania) é distinguido de Deus e identificado como Ele Gn 22:11-12 (Gn 21:17-18; 16:7-10,13). Deus tem nome plural “Elohim” (com verbo singular, em Gn 1:1, etc.!). O “UM” de Dt 6:4 é “achad”, que é uma unidade plural em Gn 2:24, nunca a Bíblia usando “yacheed” [o “UM” absoluto] para Deus! Ele tem pronomes pessoais plurais Gn 1:26 + Is 40:14 + Gn 1:27 (Gn 1:27; 3:22; 11:7; Ec 12:1; Is 6:8; 54:5).
-No N.T.: a Tri-Uni-Divindade é expressa mais explicitamente 1Jo 5:7 (Textos Recebidos!). É vista na comissão apostólica Mt 28:19-20; na bênção apostólica 2Co 13:13-14; no batismo de Jesus Mt 3:16-17; no Seu ensino Jo 14:16,26 (Jo 16:7-10); no ensino de Paulo 1Co 12:4-6 (At 20:28; Ef 4:4-6). Sumário do N.T.: O Pai é Deus Rm 1:7 (1Pe 1:2; Jo 6:27,44-46; Gl 1:1); O Filho é Deus He 1:8 (Is 9:6; Jo 1:1; Jo 10:28; At 20:28; 1Tm 3:16; Ti 2:13); O Espírito Santo é Deus At 5:3-4 (Hb 9:14).
e. Deus é AUTO-Existente (portanto transcedente), causador incausado, sem início. Jo 5:26 (Ex 3:14 [“Eu Sou”]; At 17:24-28; Rm 11:36; 1Tm 6:15-16).
f. Deus é Eterno, sem princípio nem fim, não limitado pelo tempo (mas autor e consciente dele e da sua seqüência) Gn 21:33 (Ex 3:14; Dt 33:27; Sl 90:2; 93:2; 102:11,12,24-27; Is 44:6; 57:15; Jo 8:56-58; He 1:1-12; 2Pe 3:8; Ap 1:8).
g. Deus é Imutável, porque o Perfeito não muda na Sua natureza, atributos e conselhos (decretos). Mas Ele sente e age, só que sempre em coerência com Sua natureza e caráter, imutáveis. Ml 3:6 (Nu 23:19 + He 6:17-18; 1Sm 15:29 e Sl 102:26-27; 2Tm 2:13; He 13:8; Tg 1:17).
h. Deus é Onisciente, conhece perfeita e simultaneamente, e como em um eterno “agora”, todas as coisas que são Rm 11:33 (Dt 29:29; Sl 147:4-5; Is 40:28). Deus conhece: nosso coração 1Jo 3:20; Tudo o que acontecerá At 15:18 (Is 46:9-10; At 2:23); tudo que aconteceria em todas as circunstâncias possíveis (1Sm 23:12; Mt 11:23); O plano total dos séculos Ef 1:9-12 (Pv 5:21; Rm 8:28-30; Ef 3:4-9; Cl 1:25-26); O bem e o mal Pv 15:3 (Ml 3:16); Os homens Pv 5:21 (Ex 3:19; 2 Rs 7:1-2; Sl 33:13-15; 41:9; Sl 69:5; Jr 1:5; Mt 10:30; 20:17-19; At 3:17-18; Gl 1:15-16; He 4:13; 1Pe 1:2; 1:20 + Mc 13:32); tudo na natureza, toda estrela, todo passarinho Jó 37:16; Sl 147:4; Is 42:9; Mt 10:29-30; Os feitos do homem Sl 139:2-3; Jr 16:17; As palavras do homem Sl 139:4; os pensamentos e imaginações do homem 1Rs 8:39; 1Cr 28:9; Sl 44:21; 139:2,4,11,13; Lc 16:15; Rm 8:27; 1Jo 3:20; as necessidades e tristezas do homem Ex 3:7; Mt 6:32.
i. Deus é Onipotente, tem todo o poder, pode fazer acontecer tudo que deseje Mt 19:26  (Gn 17:1; 18:14; Ex 6:3; Jó 42:2; Sl 93:3-4; 115:3; Jr 32:17; Ap 19:6). Aplic. Fp 4:13. Deus domina sobre: a natureza Gn 1:1-3 (Sl 33:6-9; 107:25-29; Na 1:3-6); a experiência humana Gn 39:2-3,21; Ex 7:1-5; Sl 75:6-7; Dn 1:9; 4:19-37 (Sl 76:10; Lc 12:13-21; Jo 17:2; At 17:28; Tg 4:12-15); os anjos Dn 4:35 (He 1:13-14); os demônios Jó 1:12 (Jó 2:6; Lc 22:31-32; Tg 4:7; Ap 20:2).
j. Deus é Imenso e Infinito: enche e ultrapassa todo o espaço (1Rs 8:27; Is 66:1; Jr 23:23-24).
k. Deus é Onipresente: imanente, simultaneamente presente em todos os locais Sl 139:7-10 (Jr 23:23-34; Mt 18:20; At 17:24-28). No presente tempo: a presença, o trono e a glória de Deus se manifestam de forma toda especial e plena no [3o.] Céu Jo 20:17 (1Rs 8:30; Mc 1:9-11; Jo 14:28; Ap 21:2-3,10,22-23; 22:1,3). Deus Filho manifestou-se na terra Jo 3:13 e agora está no Céu At 7:56; Ef 1:20. Deus Espírito Santo manifesta-se: na natureza Gn 1:2; Sl 104:30; em todos os crentes Jo 14:16-17,19-20,23; Rm 8:9; e junto aos descrentes Jo 16:7-11.:
l. Deus é Auto-Suficiente: não precisa de nada nem de ninguém Sl 50:10-12.
m. Deus é Sábio: 1Tm 1:17; Jd 1:25.
n. Deus é Soberano sobre tudo e todos: 1Sm 2:6-8; 1Cr 29:11-12; Ap 4:11.
o. Deus é Incompreensível: Jó 11:7-9; Rm 11:33.
p. Deus é Inescrutável: Rm 11:33.

Os Atributos Morais de Deus

a. Deus é Santo, exaltado sobre tudo, inteiramente separado de todo o mal e tudo que conspurca Lv 11:44 (Ex 15:11; Lv 11:43-45; Dt 23:14; Jó 34:10), absolutamente perfeito, puro e íntegro em Sua natureza e caráter 1Jo 1:5; Sl 99:9 (Is 57:15; Ha 1:13; 1Pe 1:15-16). Aplic. He 12:28-29; 1Pe 1:15-16. A santidade de Deus é o Seu atributo mais exaltado e destacado, que governa todos os demais! Is 6:3; Ap 4:8. São santos: o Pai Jo 17:11, o Filho At 3:14 (Is 41:14) e o Espírito Santo Ef 4:30. Deus odeia o pecado Ha 1:13 (Gn 6:5-6; Dt 25:16; Pv 6:16-19; 15:9,26); deleita-se naquilo que é santo e reto Pv 15:9 (Lv 19:2; 20:26); não ouve, antes Se separa do pecador Is 59:1-2 (Ef 2:13; Jo 14:6); liberta o piedoso arrependido, fazendo-o frutificar 1Pe 2:24 (Rm 8:1-4; 6:22). A santidade de Deus: revela a negritude de nosso pecado Jó 42:5-6 (Is 6:5); exige arrependimento + expiação (por sangue!) antes do perdão He 9:22; 10:19; Ef 1:7 (Cl 1:14); exalta a graça e o amor remidor de Deus Rm 5:6-8; (Jo 3:16); causa-nos reverência e temor He 12:28-29 (Ex 3:4-6; Is 6:1-3).
a.a. Portanto, Deus é Reto e Justo: É reto no que é e faz (Sl 89:14), e ao impor lei e exigências retas Sl 145:17 (Ed 9:15; Sl 116:5; Jr 12:1; 17:25;); É justo por executar as penalidades impostas pelas Suas leis Sf 3:5 (Dt 32:4; Sl 119:137-138). a retidão e justiça de Deus manifestam-se nos Seus infalíveis: amor à retidão e indignação contra o pecado Sl 11:4-7; punição dos perversos e injustos Dn 9:12,14 (Gn 6:5,7; Ex 9:23-27; 34:6-7; Sl 5:4-6; 2Co 12:5-6; Ap 16:5-6); perdão ao arrependido-crente 1Jo 1:9  cumprimento de Sua Palavra e Suas promessas aos que Lhe pertencem Ne 9:7-8; libertação e defesa de Seu povo Sl 103:6 (Sl 129:1-4); recompensa aos justos-em-Cristo He 6:10 (Jo 6:29; 1Co 3:11-15; 2Tm 4:8; 2Jo 8); propiciação para perdoar o pecado e justificar aquele que exercer fé no substituto Rm 3:24-26.
b. Deus é Amor: 1Jo 4:8 (Ef 3:19; 1Jo 4:16); dá-Se (Jo 3:16; Tg 1:15), desejando, buscando e deleitando-se no melhor interesse das Suas criaturas Rm 5:8 (Mt 5:44-45; 1Jo 3:16-17; 4:7,8,16).
- Deus ama: Seu Filho Mt 3:17 (Mt 17:5; Lc 20:13; Jo 17:24) (amor original e desde a eternidade); Aos unidos ao Seu Filho Jo 16:27 (Jo 14:21,23); A cada ser humano Jo 3:16 (1Tm 2:3-4; 2Pe 3:9); aos “mortos no pecado” Rm 5:6-8; (Ez 33:11; Ef 2:4-5); A Israel Dt 7:7-8; Is 49:15; Jr 31:3; À Igreja Ef 5:25-32; A quem contribui com alegria 2 Co 9:7.
- O amor de Deus se manifesta em: O sacrifício do Seu Filho Jo 3:16 (1Jo 4:9-10); Levar-nos a arrepender Rm 2:4; Perdoar os arrependidos-crentes Is 55:7; Guiar e proteger os amados-obedientes Dt 32:9-12 (Dt 33:3,12; Is 48:14,20-21); Castigar-para-o-bem Seus filhos He 12:6-11; Afligir-Se por Seus filhos Is 63:9 (Is 49:15-16).
- Matizes do amor de Deus: infinitos: Deleitar-se-na-aprovação Sf 3:16 (Mt 17:5); Compadecer-se da aflição Is 63:9; Íntima e profunda afeição Jo 17:23; Lc 6:35; Is 55:7 (Sl 32:10; 86:5).

b.a. Portanto, Deus é Misericórdia e Graça: É misericordioso ao cancelar as penalidades merecidas e aliviar os angustiados Sl 103:8 (Dt 4:31; Sl 62:12; 86:15; 103:8-17; 145:8-9; Jn 4:2); É gracioso ao por amor em ação e conceder bênçãos àqueles que só merecem o contrário, mas arrependeram-se e creram Ef 2:8-10 (Sl 111:4; 116:5; At 20:24,32; Rm 3:24; 5:20; 11:6; 2Co 9:14; Tt 2:11; He 4:16; 1Pe 2:3; 4:10; 5:10). Aplic. 1Jo 4:7-8.

A lei e a graça contrastadas (C. I. Scofield)

A Lei
a Graça
Deus proíbe e exige Ex 20:1-17
Deus roga e concede 2Co 5:18,21
Ministério de condenação Rm 3:19
Ministério de perdão Ef 1:7
Condena Gl 3:10
Redime da condenação Gl 3:13; Dt 21:22-23
Mata Rm 7:9,11
Dá vida, vivifica Jo 10:10
Fecha todas as bocas perante Deus Gl 3:19
Abre os lábios para louvá-lo Rm 10:9-10; Sl 107:2
Põe intransponível distância entre o pecador e Deus Ex 20:18-19
Trás o culpado aos braços de Deus Ef 2:13
Olho por olho, dente por dente” Ex 21:24
“... a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra” Mt 5:39
Faze, e viverás” Lc 10:28
Crê, e viverás” Jo 5:24
Condena totalmente o melhor dos homens Fp 3:4-9
Justifica gratuitamente o pior Lc 23:34; Rm 5:6; 1Tm 1:15; 1Co 6:9-11
É um sistema de provação Gl 3:23-25
É um sistema de favor Ef 2:4-5
Apedreja todos os adúlteros Dt 22:21
Nem eu tampouco te condeno...” Jo 8:1,11 (T. Recebidos!)
A ovelha morre pelo pastor 1Sm 7:9; Lv 4:32
O pastor morre pela ovelha Jo 10:11

A misericórdia e a graça contrastadas

a misericórdia
a graça

Perdoa
justifica
1Tm 1:13; Rm 3:24 (Ex 34:7)
remove a culpa e a pena
imputa a justiça
Pv 28:13; Rm 4:5
salva da perdição, e do inferno
provê uma nova natureza, o o Céu
Sl 6:4; Ef 2:8-10
Liberta
transforma
Lc 10:33,37; Tt 2:11-12 (Ef 4:22-23).

c. Deus é Verdadeiro e Fiel: Dt 7:9; Sl 36:5; 89:1-2; Lm 3:22-23; Jo 17:3; Tt 1:1-2; He 6:18 // Gn 8:22; Sl 119:90; Cl 1:17 // Js 23:14; 2Sm 7:12-13 // 2Co 10:13 // Sl 119:75; Hb 12:6 // 1Jo 1:9 // Sl 143:1 // 1Co 1:8-9; 1Ts 5:23-24; 2Ts 3:3 // 1Sm 12:22; 2Tm 2:13.

d. Deus é Luz: 1Jo 1:5,7; 2Co 4:6.

e. Deus é Bom, bondoso: Sl 23:6; 107:8; Rm 2:4.

As Obras de Deus

Na Criação
a. Em Deus foram criadas todas as cousas, visíveis e invisíveis: Cl 1:16.
b. Deus criou os céus e a terra: Gn 1:1;
c. De modo todo especial, Deus criou o homem, Adão, do pó da terra: Gn 2:7.
Na Preservação  (Deus preserva, mantém e sustém tudo que trouxe à existência)
a. NEle tudo subsiste: Cl 1:17.
b. Ele preserva todas as coisas: Os homens e animais Sl 36:6. O caminho dos Seus santos Pv 2:8. O céu e seus exércitos, a terra, mares, e tudo que neles há Ne 9:6.
Na sua Providência (Deus antevê, guia, dirige e governa todos os eventos para os Seus santos propósitos): Tudo Sl 103:19. O universo Js 10:12-14 (parou o sol); Sl 147:16-18. Os animais e plantas Jn 1:17 (a baleia); Mt 6:30,33 (os lírios do campo). As nações Sl 66; Dn 2:21. O Homem Ex 10:27 (Faraó); Sl 75:7. O crente Sl 4:8; 1Co 10:13 (o escape das provações).
O Decreto de Deus

O decreto (conselho) de Deus é o eterno e infalível propósito ou plano pelo qual Ele tem declarado fixas todas as coisas.
O decreto de Deus abrange Sua vontade eficaz e Sua vontade permissiva. Dentro do Seu plano soberano, Deus deu ao homem a liberdade de escolher, este é responsável por suas decisões (Jz 21:25; At 2:23).
Seu decreto é eterno Sl 33:11. Sábio Sl 104:24. Livre (sem obrigação interna ou externa, mas em harmonia com Sua natureza) Is 40:13-14 (Sl 135:6). Eficaz (tudo que Deus decretou acontecerá): Is 14:24,27. Traz glória a Si mesmo Ap 4:11.
Aplic: Podemos descansar no Seu poder e promessas! Rm 8:28-32.

O plano de Deus em relação ao universo e aos homens

O Plano de Deus cobre tudo e todos: Sl 46:10; 119:89-91; Is 14:26-27; 46:10-11; Dn 4:35.
Cobre nossa salvação Ef 1:4,5,9,11; Os tempos e limites da habitação da raça humana At 17:26; A extensão da vida humana Jó 14:5,14; Sl 139:16; As boas obras do crente Ef 2:10; Fp 2:12-13; O mal que Deus torna em bem Gn 50:20; O Reino de Cristo Sl 2:6-8; Mt 25:34.
Deus o Pai
a. Os relacionamentos como Pai. [Em ordem crescente,] Deus o Pai é o:
-Pai da Criação: somos geração dEle At 17:29; Ml 2:10; tudo é dEle e para Ele existimos 1Co 8:6.
-Pai de Israel: Seu primogênito Ex 4:22; por Ele adquirido e estabelecido Dt 32:6.
-Pai dos Redimidos: Jo 1:12; Gl 3:26; 1Jo 3:1-2; abençoando-os com todo tipo de bênção espiritual Ef 1:3-6.
-Pai de Jesus Cristo, O tendo chamado Filho amado Mt 3:17, ressuscitado e assentando à Sua direita Ef 1:20.
b. As obras do Pai . Ele é o: Autor do Decreto: Sl 2:7. Autor da Eleição: Ef 1:4. Enviador do Filho: Jo 8:18. Disciplinador dos Seus filhos: He 12:10

A Espiritualidade de Deus


Jo 4.24 – Deus é Espírito.

A questão da espiritualidade de Deus, fica bem explicita no questionamento de uma mulher acerca de como e onde poderia adorar a Deus. E neste cenário, Jesus introduz uma perfeita revelação acerca da Espiritualidade de Deus.
Antes de ensinar como adorar, Jesus ensina àquela mulher um atributo do caráter de Deus, entendido pela teologia como Espiritualidade de Deus. Isto é, Deus é Espírito e disto conclui-se:
a) Que sendo Espírito, Deus não pode ser representado por forma humana, afinal, não possui corpo, nem forma física, fugindo a qualquer representação que os homens possam querer dá-lo.
 b)Sendo Espírito, Ele não está sujeito à matéria, nem aos condicionamentos humanos.
c) Sendo Espírito, Deus pertence à dimensão espiritual e quem quiser adorar a Deus, deve faze-lo na dimensão de Deus.
A  teologia da Espiritualidade de Deus nos ensina sobre adoração:
- Que quem adora a Deus, deve faze-lo na dimensão de Deus.
a) Isto implica numa adoração sem formalismo, sem métodos, mas com espontaneidade, voluntariamente como fruto do coração. Uma adoração sem reservas, sem parâmetros humanos. Não em forma de liturgia desvirtuada de adoração intima como a Pseudoadoração de Israel. (Is 1.11-17).
2º - É uma adoração que se pode ser feita por nascidos do Espírito. Jo 3.8.
As características das pessoas nascidas do Espírito são:
a) Reconhecem a liberdade do Espírito. "O vento sopra onde quer". Não onde queremos.
b) Vive com alma aberta ao mover de Deus, sem presunções, sem querer determinar a maneira de Deus agir. "Não sabes donde vens, nem para onde vai".
O adorador não tenta definir Deus, esquadrinhá-lo, mas apenas adora. O verdadeiro adorador não esta buscando explicações sobre Deus, esta buscando adorá-lo. Muitos nos dias de hoje tentam fazer de Deus um ídolo que pode ser manipulado sobre a forma de uma pretensa adoração, mas Deus não se deixa escarnecer.
Sabendo que Ele é Espírito, devemos adorá-lo em Espírito e em Verdade.
Depois de ensinar um pouco da natureza daquele que se deve adorar, Jesus começa a ensinar como adora-lo. E como adora-lo?
1º - Devemos adora-lo em espírito
Antropologicamente, o homem se constitui de duas partes, a material e a espiritual. Com a material acontece a comunicação com o mundo exterior e na parte espiritual, acontece a comunicação com o mundo espiritual. Portanto, adorar a Deus em espírito seria;
a) Adora-lo na intimidade e profundidade do ser. Adoração exterior não é adoração.
b) É adora-lo sem a dimensão carnal dos que adoram sem sinceridade e retidão de coração.
A historia de Caim e Abel é um exemplo disto, veja:
·      Caim dizia adorar a Deus, mas sua vida não lhe agradava.
·      Caim com sua adoração queria comprar o favor divino. Ofertava-se para agradecer e pedir a bênção.
·      Caim ia adorar, mas não dominava o pecado. V 7.
·      Caim prestava adoração mais odiava o seu irmão.
c) Só os nascidos de novo adoram em espírito, por que esta condição só é aprendida por aqueles cujo o Espírito de Deus lhes habita o espírito. O Espírito Santo no crente o ensina a adorar em espírito. Ex. Paulos e Silas na prisão.
2º - Devemos adora-lo em verdade.
Entendemos este texto sobre duas perspectivas:
A)  Adora-lo em Verdade, ou seja, em Cristo. Jo 14.6.
·      Sem o cerimonialismo e formalismo judaico. V 20 e Cl 2.14
·      Sem o misticismo samaritano.v 20
Que espiritualizava Gerizim, como alguns crentes de nossos dias. Mistificando igrejas e buscando o místico exageradamente e sem bíblia.
·      Enfim, adora-lo na verdade e adora-lo na fé em Cristo.
B) Adora-lo em Verdade, ou seja, na Palavra. Jo 17.17.
Como a bíblia ensina adora-lo na Palavra.
·      Sendo santificado na Palavra
·      Amando e obedecendo a Palavra
·      A adoração na Palavra tem vários sentidos, veja: Como ato de se prostrar - Ap 5.14; Como ato de ensinar a Palavra. Mt 15.9; Como ato de orar e jejuar. Lc 2.37; Como um estado de espírito. Jo 4.24; Como entoação de poemas para Deus. Sl 47.6; Como o entoar de hinos e palavras de exaltação a Deus. Sl 149.6; A palavra nos ensina a adorar e a verdade da adoração.

Conclusão

 Já dizia Santo Agostinho: "A dificuldade com este mundo, é que os homens adoram o que usam e usam o que adoram".
Concluímos dizendo que o que conhecemos de Deus e de sua Pessoa, foi nos revelados por Ele mesmo. As formas de adoração, de louvor, de conhecimento da pessoa de Deus, de muitas comunidades evangélicas têm entristecido a Deus ao invés de honrá-lo.
Nunca podemos esquecer do caráter de nosso Deus ao adora-lo, ou simplesmente quando oramos, pois Ele é Espírito, e qualquer ato a Deus, deve ser feito em espírito e em verdade. Esta deve ser a inspiração de sua natureza em nós.
Deus é o infinito e perfeito espírito no qual todas as coisas têm origem, preservação e finalidade. Deus é espírito, infinito-eterno-imutável em Seu ser, sabedoria, poder, santidade, justiça, bondade, e verdade.
O que convém a nós é honrá-lo na medida de sua Pessoa.
Estamos diante de um acomodamento doutrinário, e o mundanismo tem devorando muitas Igrejas. Muitos lideres tem esquecido do compromisso com Cristo e com a Palavra de Deus, e num afã de encher as Igrejas, tem se esquecido do mais importante, a Salvação do Ser e o conhecimento profundo de Deus.
Deus não nos chamou para sermos pedintes da Fé, mais é o que muitos tem sido. O viver fiel, a santificação, e a busca constante pelo correto, já não tem mais lugar nos púlpitos.
O que tem corrompido a Igreja de Cristo não são os membros desajustados e heréticos como a Igreja de outrora, mais os líderes que ignoram as Escrituras e seguem segundo seus interesses particulares, negando a fé e levando o povo de Deus a uma alienação completa, perdendo não apenas a crença no verdadeiro Deus, mas desvinculando-se totalmente da Revelação Bíblica.
Resta-nos levá-los ao conhecimento da verdade, para que não se percam, pois a Palavra afirma que “o meu povo foi destruído porque lhe faltou o conhecimento” e “o povo que não tem conhecimento será transtornado” (Os 4.6,14b).   

 BIBLIOGRAFIA


SOBRE O AUTOR DO BLOG

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Taubate, São Paulo, Brazil
Fui seminarista católico por 6 anos, porém no ano de 1999 tornei-me evangélico. Creio que o respeito pelas pessoas está acima das religiões. Sou Bacharel em Teologia, Graduado em Segurança Pública e Letras (Língua Portuguesa e Inglesa). Sou apaixonado pela Santa Palavra de Deus, e procuro ministrá-la com isenção de tendencionalismos e imposições humanas, buscando a verdade acima de tudo. Minha conversão foi fruto tão somente do estudo da Palavra de Deus, e da busca constante pelo Espírito Santo.

MINHA INSPIRAÇÃO

MINHA INSPIRAÇÃO
Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor muito excede ao de finas jóias. O coração de seu marido confia nela, e não haverá falta de ganho. Ela faz bem e não mal, todos os dias de sua vida. Prov 31.10-12