BEM VINDO (A)

FICO FELIZ EM SABER QUE EXISTAM PESSOAS COMO VOCÊ, QUE BUSCAM O CONHECIMENTO DA VERDADE E NÃO SE DEIXAM LEVAR POR QUALQUER VENTO DE DOUTRINA.
OBRIGADO POR SUA AMIZADE E APROVEITE OS ESTUDOS.
DIVULGUEM A OUTROS ! SEJA UM EVANGELISTA.







quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

COMO SER SANTO


Josué 3:5 "Santificai-vos, pois amanhã fará o Senhor maravilhas no meio de vós".

Hebreus 12:14 "Sem santificação ninguém verá a Deus".

SANTIFICAÇÃO SIGNIFICA: "TORNAR SANTO", "CONSAGRAR", "SEPARAR DO MUNDO E DO PECADO".

COISA DIFÍCIL É SEPARARMOS-NOS DO MUNDO E DO PECADO. O MUNDO É ATRAENTE, TEM TANTAS COISAS BOAS E FÁCEIS AOS OLHOS DA CARNE. MAS A BÍBLIA DIZ QUE SEM SANTIFICAÇÃO NINGUÉM VERÁ A DEUS. POR ISSO TODOS NÓS TEMOS QUE BUSCAR A SANTIFICAÇÃO DIARIAMENTE. E É O ESPÍRITO SANTO QUEM NOS CONDUZ A SANTIFICAÇÃO.

2 tessalonicenses 2:13 - "Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade."

1 Pedro 1:2 - eleitos, segundo a presciência (conhecimento anterior) de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue (purificação) de Jesus Cristo, graça e paz vos sejam multiplicadas. 

A santificação muitas vezes tem seu sentido confundido com ser santo, relativo a sem pecado, coisa que nós não podemos ser (Romanos 8:23-24 - "Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus (diferente Igreja Católica prega sobre Maria);Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus"). Na santificação, Deus nos purifica de todo o mal e pecado. Tudo que entra em nossa casa deve ser santo (pessoas / coisas), para que não sejamos contaminados com o mal e o pecado. A santificação só ocorre com a nossa cooperação. Essa cooperação está descrita em 2 Coríntios 6:14-18: 

"14 - Não vos ponhais (Quem Poe? Somos nós mesmos) em jugo desigual com os incrédulos (Eles tem anticorpos do mundo, diferente do crente!); porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas?

15 - Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo?

1) TRANSGRESSÃO
A palavra transgressão e suas variantes aparecem 165 vezes e significa: rebelar; utrapassar; ir além; sem atender a qualquer lei; a quebra da lei, no sentido de ultrapassar um limite fixado. Ou desviar-se de uma rota; de cair para um lado, desertar; apostatar. A ideia é de infidelidade ou de ato traiçoeiro (pacto). O transgressor é aquele que viola uma lei (Rm.4:15;5:14;Gl.3:19). É uma desobediência explicita. É uma forma agravada do pecado. Ele tem a lei escrita em sua frente, mas resolve não atender esta lei, ultrapassar os limites da lei. É uma violação daquilo que é exigido da nossa parte (pacto). Quando Davi diz que transgrediu, ele tem a convicção de que se apartou de Deus ou se rebelou contra o governo e autoridade do seu superior. Ele tem convicção que transgrediu, que se rebelou contra os mandamentos de Deus. Deus havia dito: “Não adulterarás”; “Não matarás”; Ele fez a própria vontade.
2) INIQUIDADE 
Transgressão tem haver com uma rebelião de algo explicito e externo e escrito, iniquidade tem haver com algo interno, com a pervesidade de mente - aos impulso maus do seu intimo, do seu coração e sua mente. Iniquidade tem haver com as obras distorcidas e secretas de seu homem interior. A palavra “iniquidade” significa “curvatura”; refere-se a alguma coisa que foi curvada ou distorcida. Davi não só transgrediu a lei, mas em seu coração, foi hipócrita, errante. Teve pensamentos impuros, maus propósitos, vergonhosos. Foi desonesto e perverso. Não foi apenas perverso e trapaceiro, mas um enganador. Maquinou o mau.
3) PECADO
Significa “errar o alvo”, cair próximo, quando alguém está atirando em um objeto. Significa ficar aquém do objetivo que almejava. Davi começou com o pecado visível, passou para as obras distorcidas e secretas de seu homem interior, e no final quando não havia qualquer transgressão, quando ele pensava que estava livre da iniquidade, ele ainda ficava aquém do alvo. Ele falhou. Porém, foi um homem que pediu perdão por aquilo que ele era em seu pior estado e, pediu perdão por aquilo que ele era no seu melhor estado.

16 - Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário do Deus vivente, como ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.

17 - Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras; e eu vos receberei,

18 - serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso."


Ou servimos a Deus ou ao diabo. Não devemos unir o que foi separado por Deus. Ter amizade intima com incrédulos, pois ofuscará a luz de Deus na vida do crente. Devemos falar com os incrédulos sobre o amor de Cristo para todos nós e, sobre a Salvação, Cura e Libertação, evangelizando-os e fazendo-os discípulos.

O primeiro passo é: Mateus 28:19 - "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo".

O segundo passo é abstermos-nos da prostituição, 1 Tessalonicenses 4:3-8:

" 3 - Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição;
πόρναι/pornai, palavra que deriva de πέρνημι/pérnêmi "vender". Eram escravas, propriedade de um pornoboskós = cafetão (respeitado na Grécia antiga).

4 - que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra,

5 - não com o desejo de lascívia, como os gentios que não conhecem a Deus;
ABRASAMENTO - significa queimar, destruir, esquentar muito; inflamar, excitar. Na bíblia é a incapacidade de controlar o desejo sexual, pensamento vicioso e obsessivo por sexo.

LASCÍVIA - Comportamento indisciplinado e desregrado; desprezo pelas restrições sexuais. (Mc. 7.22 ; 2Co 12.21). No grego significa "Conduta Ultrajante", vai além do pecado e envolve o desprezo pelo que é certo. São pensamentos ou atos totalmente imorais.

ADULTÉRIO - Ato intencional de manter relações sexuais com outra pessoa que não o marido ou a esposa. Jesus expandiu o significado do adultério, incluindo-lhe a lascívia: "Qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela" (Mt. 5.28).

PROSTITUIÇÃO - Ato ou prática de relações sexuais promíscuas, especialmente por dinheiro. Os. 4.12-14 – meretrizes nos templos pagãos .Os reis justos de Judá retiravam as prostitutas do templo de sua terra (2R 23.4-14).

FORNICAÇÃO - Relacionamento sexual fora dos laços matrimoniais. Sete listas de pecados escritos por Paulo, a palavra "fornicação" é aparece em cinco - Rm 13.13 ; 1Co 5.11 ; Gl 5.19 ; Ef 5.3 ; Cl 3.5. Em Apocalípse, a fornicação é símbolo de como a idolatria e a religião pagã corrompem a verdadeira adoração a Deus (Ap. 14.8 ; 17.4)


6 - e que, nesta matéria, ninguém ofenda nem defraude a seu irmão; porque o Senhor, contra todas estas coisas, como antes vos avisamos e testificamos claramente, é o vingador,

7 - porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação.

8 - Dessarte, quem rejeita estas coisas não rejeita o homem, e sim a Deus, que também vos dá o seu Espírito Santo".

Prostituição refere-se não só a vender o corpo, mas também ao adultério, homossexualismo, lesbianismo e outras imoralidades sexuais.

O terceiro passo é: 1 João1:9:

9 - Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. (Quem julga, perdoa e purifica é Deus, não o homem!)

Devemos confessar os nossos pecados a Deus. Devemos admitir a Deus, nossa pecaminosidade, e nossos pecados que cometemos durante o dia, concordando com a afirmação de Deus de que somos pecadores. E devemos admitir que somos pecadores acompanhados da determinação de nos livrar do pecado.

1Jo 1, 8
Se dissermos que não temos pecado nenhum, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós.

Mc 3, 28
Em verdade vos digo: Todos os pecados serão perdoados aos filhos dos homens, bem como todas as blasfêmias que proferirem;

O quarto passo é evitar palavras torpes, ou que palavrões saiam de nossa boca.
Jo 5, 3
Nestes jazia grande multidão de enfermos, cegos, mancos e ressicados [esperando o movimento da água.]
Jo 5, 4
[Porquanto um anjo descia em certo tempo ao tanque, e agitava a água; então o primeiro que ali descia, depois do movimento da água, sarava de qualquer enfermidade que tivesse.]
5, 7
Respondeu-lhe o enfermo: Senhor, não tenho ninguém que, ao ser agitada a água, me ponha no tanque; assim, enquanto eu vou, desce outro antes de mim.

Jo 7, 38
Quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior correrão rios de água viva.
Tg 3, 11
Porventura a fonte deita da mesma abertura água doce e água amargosa?

Tg 3, 12
Meus irmãos, pode acaso uma figueira produzir azeitonas, ou uma videira figos? Nem tampouco pode uma fonte de água salgada dar água doce.

E fazendo tudo isso:
Sl 1, 3
Pois será como a árvore plantada junto às correntes de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cuja folha não cai; e tudo quanto fizer prosperará.


domingo, 24 de outubro de 2010

REINO DE DEUS

"Examinais (quem?) as Escrituras, porque vós cuidais (fariseus) ter nelas a vida eterna, e (porém/todavia/contudo/entretanto) são elas que de mim testificam." 
(Jo 5:39)

(SL 103:19) “Nos céus, estabeleceu o SENHOR o seu trono, e o seu reino domina sobre tudo”. 

(LC 1:31-33) “Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim”. 

(MC 1:14-15) “Depois de João ter sido preso, foi Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho de Deus, dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho”. 

(CL 1:13) “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor”.

O reino de Deus é uma realidade espiritual e física que está presente em todas as áreas da vida do discípulo de Jesus. Todo discípulo de Jesus deve experimentar esta realidade: Ser liberto do império das trevas, do domínio do diabo, e transportado para o Reino de Deus no qual Jesus é o Rei.

O QUE É O REINO DE DEUS?

O Reino de Deus é o governo de Deus nas nossas vidas. Todo discípulo de Jesus precisa saber que: 


1- O Reino de Deus é um princípio estabelecido por Deus desde a criação do homem: 

O Reino de Deus foi estabelecido no jardim do éden para que o homem vivesse por meio Dele. Deus estabeleceu este princípio para dar ao homem uma vida segura - próspera – abençoada - frutífera e cumprisse o Seu propósito.

(GN 1:27-28) “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra”. 

Adão rejeitou o governo de Deus e tornou-se independente: (o pecado faz a separação entre o homem e Deus); cortou a ligação que havia corpo-alma-espírito (tricotomia).

(GN 2:15-17) “Tomou, pois, o SENHOR Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar. E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente (pode usufruir de todas as bênçãos), mas da árvore do conhecimento (está ligado a manter relação íntima – conjunção carnal – Lc 1.34 Não conheço homem algum) do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás (morte espiritual – separação - será lançado fora onde o fogo não se apaga e o bicho não morre – lichão fora da cidade de Israel onde constantemente queimava-se)”.

Quando Adão comeu do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, decidiu viver independente de Deus (livre arbítreo). O homem passou a ser o seu próprio Deus. 

(GN 3:4-6) ”Então, a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal. Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu”.

O povo de Israel também recusou ser governado por Deus:

(I SM 8:7-8) “Disse o SENHOR a Samuel: Atende à voz do povo em tudo quanto te diz, pois não te rejeitou a ti, mas a mim, para eu não reinar sobre ele. Segundo todas as obras que fez desde o dia em que o tirei do Egito até hoje, pois a mim me deixou, e a outros deuses serviu, assim também o faz a ti”.

Por conseqüência toda a humanidade também já nasce na independência: Desta forma, o homem recebeu por conseqüência do seu pecado a morte que significa: Separação (diferente de santificação = separação). O homem foi separado da comunhão com Deus e expulso do Seu Reino. Por esse motivo, é necessário que todo homem se arrependa da sua independência, para voltar a fazer parte do Reino de Deus. 

(MC 1:15) “dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho”. 

2 - O que o Reino de Deus está diretamente ligado a nossa salvação:

Para recebermos a salvação temos que primeiramente receber o Reino de Deus na nossa vida, confessando Jesus como Senhor. 

(RM 10:9) “Se, com a tua boca (foi com a boca que Adão e Eva pecaram), confessares Jesus como Senhor e, em teu coração (tiveram o coração corrompido), creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos (cunho escatológico – Jesus morreu por nossos pecados – estava morto – e foi ressussitado pelo Espírito Santo, voltando à vida – regenerado), serás salvo”. 

Isto quer dizer que Jesus antes de ser o meu salvador é primeiramente o meu Senhor. O Senhor é aquele que da as ordens e dever do servo é obedecer do seu Senhor. Deus quer salvar o homem, mas também quer governar sobre a vida do homem. 

3 - O Reino de Deus não vem com aparência exterior:

O reino de Deus veio para tirar o homem do centro (hedonismo / egocentrismo) e mudar a sua vida de dentro para fora:

A resposta de Jesus para os fariseus a respeito do Reino de Deus:
Os judeus esperavam um Reino visível aos seus olhos, ou seja, um rei que se assentasse no trono de Israel para governar o povo e retirá-los do domínio romano.

(LC 17:20-21) “Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro de vós”.

No nosso coração existe um trono, e aquele que está assentado neste trono é quem governa a nossa vida: O incrédulo tem o Eu no trono do seu coração: Ele é quem governa sua própria vida, porque não crê em Deus.

O religioso também tem o Eu no trono do seu coração. Ele sabe que Deus existe, chama Jesus de Senhor, mas ainda governa a sua própria vida. Deus existe apenas para abençoá-lo.

(MT 7:21) “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus”. 

Mas no trono do coração do discípulo, Jesus está assentado para reinar.

4 - O Reino de Deus tem uma porta de entrada:

(LC 13:24) “Respondeu-lhes: Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão”.

Ninguém pode entrar no Reino de Deus sem passar por esta experiência: 

Arrependimento – Batismo nas águas - Dom do Espírito Santo.

A porta do Reino é o milagre do novo nascimento que acontece na vida do discípulo de Jesus. Ninguém pode se considerar um discípulo de Jesus sem passar por esta experiência radical e transformadora.

Exemplo do encontro de Nicodemos com Jesus: 

((JO 3:1-5) “Havia, entre os fariseus, um homem chamado Nicodemos, um dos principais dos judeus. Este, de noite (escuridão espiritual – falta de conhecimento), foi ter com Jesus e lhe disse: Rabi, sabemos que és Mestre vindo da parte de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes (reconhece-o como mestre devido aos sinais que fazia), se Deus não estiver com ele. A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus (existe algo mais importante que os sinais). Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez? Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água (purificação) e do Espírito (poder)não pode entrar no reino de Deus”.

Nicodemos era mestre em Israel e um dos principais da sinagoga, e tinha muito conhecimento a respeito das escrituras, mas ainda não compreendia as coisas espirituais do Reino de Deus:

Jesus ministrou sobre a porta do Reino para Nicodemos:
Se alguém não nascer de novo (arrependimento), não pode ver (vai além do físico – é uma questão de fé) o Reino de Deus.
Se alguém não nascer da água (batismo nas águas) e do Espírito (dom do Espírito Santo), não pode entrar no Reino de Deus. 

5 - Devemos receber o Reino de Deus como uma criança:

Toda criança precisa do cuidado dos pais, do amor, da atenção, da disciplina, da correção e do ensino. Isto quer dizer que devemos ser novamente reeducados em todos os aspectos da nossa vida. Disse Jesus:

(LC 18:17) “Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira alguma entrará nele”.

(MT 18:3-4) “E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus. Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus”. 

Toda criança é humilde de espírito e todo humilde não resiste ao ensino:

(MT 5:3) “Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus”. 

6 - O Reino de Deus é tomado por esforço (não é fácil – exemplo de Josué):

Não é o esforço humano, mas é a perseverança. Este esforço está relacionado com a Fé em Deus e no poder do Espírito Santo.

(MT 11:12) “Desde os dias de João Batista até agora, o reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele”.

(AT 14:22) “fortalecendo a alma dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé; e mostrando que, através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus”. 

7 - Os princípios do Reino de Deus são de Justiça, paz e alegria no Espírito:

(RM 14:17) “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo”.

Todo cidadão do Reino de Deus vive com base nestes princípios: 

A Justiça: 
Está relacionada com a palavra de Deus e a dependência de Deus. 

(MT 5:10) “Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus”. 

A justiça do homem não é a justiça de Deus, por isso seremos perseguidos por praticarmos a verdadeira justiça. A justiça de Deus deve sempre ter o primeiro lugar nas nossas vidas: 

(MT 6:33) “Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas”.

Os escribas e fariseus eram extremamente justos, mas a sua justiça era humana (a justiça humana é trapo de imundice). Temos que ser muito mais justos do que eles para entrarmos no Reino de Deus. 

(MT 5:20) “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus”. 

Deus condena todo tipo de injustiça: 

(I CO 6:9-10) “Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus”. 

A Paz: 

Está relacionada com a vida em comunidade: (unidade – família - vínculo).
Isto quer dizer que nada vai nos separar uns dos outros. Só podemos viver em paz, quando compreendemos que somos uma família e somos membros uns dos outros. Os filhos de Deus se esforçam por preservar a unidade do Espírito pelo vínculo da Paz. A paz com todas as pessoas é a garantia de que veremos a Deus:

(HB 12:14-15) “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor, atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados”. 

A alegria no Espírito Santo: 

Está relacionada com o Fruto do Espírito (que é o caráter de Cristo):
Todo discípulo de Jesus recebeu o Poder para ser feito filho de Deus, e este Poder é o Espírito Santo que habita nele e manifesta o Fruto do Espírito que é: Amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, mansidão, fidelidade e domínio próprio. Em que cada situação que passamos no nosso dia a dia, podemos exercitar todas as qualidades do caráter de Cristo nas nossas vidas. 

(I PE 4:12-14) “Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando. Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus”.


(FL 4:4) “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos”.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

PROFETA

Porta-voz de DEUS cuja mensagem é ou admoestação ou predição. Em um sentido os primeiros profetas foram os patriarcas, desde Adão até Moisés. Ver Gn 20.7. No sentido restrito, é em Samuel que começa o ministério profético. Entre esses profetas encontram-se Elias, Eliseu, Davi. A partir dessa época, começa outra ordem de profetas, divididos em duas classes:


1) Os grandes profetas: Isaias, Jeremias, Ezequiel, Daniel


2) Os profetas menores, isto é, que deixaram escritos menos importantes, são, cm número de doze: Oséias, Joel, Amos, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias. i
Lista cronológica dos profetas: Enoque, Gn 5.21-24; Noé, Gn 9.25-27; Abraão, Gn 20.7; Jacó, Gn 49.1; Arão, Êx 7.1; Moisés, Dt 18.18; Balaão; Nm 23.5; Samuel, l Sm 3.20; Davi, SI 16.8-11; Nata, 2 Sm 7.2; Zadoque, 2 Sm 15.27; Gade, 2 Sm 24.11; Aias, l Rs 11.29; Ido, 2 Cr 9.29; Semaías, 2 Cr 12.7; Azarias, 2 Cr 15.2-7; Hanani, 2 Cr 16.7; Jeú, l Rs 16.1; Elias, l Rs 17.1; Eliseu, l Rs 19.16; Micaias, l Rs 22.7; Jonas, 2 Rs 14.25; Isaias, 2 Rs 19.2; Oséias, Os 1.1; Amos, Am I.1; Miquéias, Mq 1.1; Obede, 2 Cr 28.9; Naum, Na 1.1; Joel, Jl 1.1; Sofonias, Sf 1.1; Jedutum, 2 Cr 35.15; Jeremias, 2 Cr 36.12; Habacuque, He 1.1; Obadias, Ob l; Ezequiel, Ez 1.3; Daniel, Dn 12.11; Ageu, Ag 1.1; Zacarias, Zc 1.1; Malaquias, Ml 1.1; Zacarias, Lc 1.67; João Batista, Lc 7.28; Caifás, Jô II.51; Âgabo, At 11.28; Paulo, l Tm 4.1; Pedro, 2 Pé 2.1, 2; João, Ap 1.1; CRISTO, de quem testificavam todos os profetas (Lc 24.27, 44), é O Profeta da Sua Igreja em todas as épocas, Dt 18.15; At 3.22, 23. Ver Apóstolo, Evangelista, Ministro, Vidente.


PROFETAS


PROFETAS, FALSOS: Dt 18 20; Is 9.15; Jr 14.13; Ez 13.3; Mt 7.15; 2 Pé 2.1; l Jo 4.1. Zedequias, l Rs 22.11; Jr 29.21. Barjesus, At 13.6.


PROFETIZA: Mulher que faz profecias. Miriã, êx 15.20; Débora, Jz 4.4; Hulda, 2 Rs 22.14; Ana, Lc 2.36; As quatro filhas de Felipe, At 21.9. Ver: Is 8.3; At 2.18; l Co 11.5.


PROFETIZAR: Predizer como profeta.


Ver Profeta. Setenta anciãos . . . profetizaram, Nm 11.25. A palavra dele se não cumprir . . . como profetizou, Dt 18.22; (ver 13.1-5). Saul, e ele profetizou, l Sm 10.10. Um grupo de profetas profetizando . . . também eles profetizaram, l Sm 19.20, Também estes profetizaram . . . também profetizaram, l Sm 19.21. Profetizou diante de Samuel, l Sm 19.24. Nunca profetiza de mim o que é bom, l Rs 22.8. Profetizaram o profeta Ageu e Zacarias, Ed 6.14. Não profetizeis para nós o que é reto, Is 30.10. Os profetas profetizam falsamente, Jr 5.31. Profetizado em teu nome, Mt 7.22. Todos os profetas … profetizaram até João, Mt 11.13. Profetiza-nos . . . quem é que te bateu! Mt 26.68. Zacarias . . . profetizou, Lc 1.67. Em parte; profetizamos, l Co 13.9. Procurai com zelo … de profetizar, l Co 14.39. Profetizou Enoque, Jd 14. Ver Pronunciar, Predizer.


PROFECIA: Não havendo profecia o povo se corrompe, Pv 29.18. Diferentes dons … se profetizar, Rm 12.6. A outro profecia , l Co 12.10. Havendo profecia , desaparecerão, l Co 13.8. A profecia não é para os incrédulos, l Co 14.22. Não desprezeis profecias, l Ts 5.20. Segundo as profecias de que . . . foste objeto, l Tm 1.18 Dom … te foi concedido mediante profecia, l Tm 4.14. Nenhuma profecia … vêm de particular elucidação, 2 Pé 1.20. Ouvem as palavras da profecia, Ap 1.3; 22.18. O testemunho de JESUS é o espírito da profecia, Ap 19.10. Que guarda as palavras da profecia, Ap 22.7. Ver Dons do ESPÍRITO em 1 Co 12.


O PROFETA NO ANTIGO TESTAMENTO - BEP - CPAD






Is 6.8,9 “Depois disso, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós?disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim


. Então, disse ele: Vai e dize a este povo: Ouvis, de fato, e não entendeis, e vedes, em verdade, mas não percebeis.”






O LUGAR DOS PROFETAS NA HISTÓRIA DE HEBREUS. (1) Os profetas do AT eram homens de DEUS que, espiritualmente, achavam-se muito acima de seus contemporâneos. Nenhuma categoria, em toda a literatura, apresenta um quadro mais dramático do que os profetas do AT. Os sacerdotes, juízes, reis, conselheiros e os salmistas, tinham cada um, lugar distintivo na história de Israel, mas nenhum deles, logrou alcançar a estatura dos profetas, nem chegou a exercer tanta influência na história da redenção. (2) Os profetas exerceram considerável influência sobre a composição do AT. Tal fato fica evidente na divisão tríplice da Bíblia hebraica: a Torá, os Profetas e os Escritos (cf. Lc 24.44). A categoria dos profetas inclui seis livros históricos, compostos sob a perspectiva profética: Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis. É provável que os autores desses livros fossem profetas. Em segundo lugar, há dezessete livros proféticos específicos (Isaías até Malaquias). Finalmente, Moisés, autor dos cinco primeiros livros da Bíblia (a Torá), era profeta (Dt 18.15). Sendo assim, dois terços do AT, no mínimo, foram escritos por profetas.






PALAVRAS HEBRAICAS APLICADAS AOS PROFETAS.


(1) Ro’eh. Este substantivo, traduzido por “vidente”, em português, indica a capacidade especial de se ver na dimensão espiritual e prever eventos futuros. O título sugere que o profeta não era enganado pela aparência das coisas, mas que as via conforme realmente eram - da perspectiva do próprio DEUS. Como vidente, o profeta recebia sonhos, visões e revelações, da parte de DEUS, que o capacitava a transmitir suas realidades ao povo.


(2) Nabi’.


(a) Esta é a principal palavra hebraica para “profeta”, e ocorre 316 vezes no AT. Nabi’im é sua forma no plural. Embora a origem da palavra não seja clara, o significado do verbo hebraico “profetizar” é: “emitir palavras abundantemente da parte de DEUS, por meio do ESPÍRITO de DEUS” (Gesenius, Hebrew Lexicon). Sendo assim, o nabi’ era o porta-voz que emitia palavras sob o poder impulsionador do ESPÍRITO de DEUS. A palavra grega prophetes, da qual se deriva a palavra “profeta” em português, significa “aquele que fala em lugar de outrem”. Os profetas falavam, em lugar de DEUS, ao povo do concerto, baseados naquilo que ouviam, viam e recebiam da parte dEle. (b) No AT, o profeta também era conhecido como “homem de DEUS” (ver 2Rs 4.21), “servo de DEUS” (cf. Is 20.3; Dn 6.20), homem que tem o ESPÍRITO de DEUS sobre si (cf. Is 61.1-3), “atalaia” (Ez 3.17), e “mensageiro do Senhor” (Ag 1.13). Os profetas também interpretavam sonhos (e.g., José, Daniel) e interpretavam a história - presente e futura - sob a perspectiva divina.


HOMENS DO ESPÍRITO E DA PALAVRA. O profeta não era simplesmente um líder religioso, mas alguém possuído pelo ESPÍRITO de DEUS (Ez 37.1,4). Pelo fato do ESPÍRITO e a Palavra estarem nele, o profeta do AT possuía estas três características:


(1) Conhecimentos divinamente revelados. Ele recebia conhecimentos da parte de DEUS no tocante às pessoas, aos eventos e à verdade redentora. O propósito primacial de tais conhecimentos era encorajar o povo a permanecer fiel a DEUS e ao seu concerto. A característica distintiva da profecia, no AT, era tornar clara a vontade de DEUS ao povo mediante a instrução, a correção e a advertência. O Senhor usava os profetas para pronunciarem o seu juízo antes de este ser desferido. Do solo da história sombria de Israel e de Judá, brotaram profecias específicas a respeito do Messias e do reino de DEUS, bem como predições sobre os eventos mundiais que ainda estão por ocorrer.


(2) Poderes divinamente outorgados. Os profetas eram levados à esfera dos milagres à medida que recebiam a plenitude do ESPÍRITO de DEUS. Através dos profetas, a vida e o poder divinos eram demonstrados de modo sobrenatural diante de um mundo que, doutra forma, se fecharia à dimensão divina.


(3) Estilo de vida característico. Os profetas, na sua maioria, abandonaram as atividades corriqueiras da vida a fim de viverem exclusivamente para DEUS. Protestavam intensamente contra a idolatria, a imoralidade e iniqüidades cometidas pelo povo, bem como a corrupção praticada pelos reis e sacerdotes. Suas atividades visavam mudanças santas e justas em Israel. Suas investidas eram sempre em favor do reino de DEUS e de sua justiça. Lutavam pelo cumprimento da vontade divina, sem levar em conta os riscos pessoais.






OITO CARACTERÍSTICAS DO PROFETA DO ANTIGO TESTAMENTO.


Que tipo de pessoa era o profeta do AT?


(1) Era alguém que tinha estreito relacionamento com DEUS, e que se tornava confidente do Senhor (Am 3.7). O profeta via o mundo e o povo do concerto sob a perspectiva divina, e não segundo o ponto de vista humano.


(2) O profeta, por estar próximo de DEUS, achava-se em harmonia com DEUS, e em simpatia com aquilo que Ele sofria por causa dos pecados do povo. Compreendia, melhor que qualquer outra pessoa, o propósito, vontade e desejos de DEUS. Experimentava as mesmas reações de DEUS. Noutras palavras, o profeta não somente ouvia a voz de DEUS, como também sentia o seu coração (Jr 6.11; 15.16,17; 20.9).


(3) À semelhança de DEUS, o profeta amava profundamente o povo. Quando o povo sofria, o profeta sentia profundas dores (ver O LIVRO DAS LAMENTAÇÕES). Ele almejava para Israel o melhor da parte de DEUS (Ez 18.23). Por isso, suas mensagens continham, não somente advertências, como também palavras de esperança e consolo.


(4) O profeta buscava o sumo bem do povo, i.e., total confiança em DEUS e lealdade a Ele; eis porque advertia contra a confiança na sabedoria, riqueza e poder humanos, e nos falsos deuses (Jr 8.9,10; Os 10.13,14; Am 6.8). Os profetas continuamente conclamavam o povo a viver à altura de suas obrigações conforme o seu concerto estabelecido com DEUS, para que viesse a receber as bênçãos da redenção.


(5) O profeta tinha profunda sensibilidade diante do pecado e do mal (Jr 2.12,13, 19; 25.3-7; Am 8.4-7; Mq 3.8). Não tolerava a crueldade, a imoralidade e a injustiça. O que o povo considerava leve desvio da Lei de DEUS, o profeta interpretava, às vezes, como funesto. Não podia suportar transigência com o mal, complacência, fingimento e desculpas do povo (32.11; Jr 6.20; 7.8-15; Am 4.1; 6.1). Compartilhava, mais que qualquer outra pessoa, do amor divino à retidão, e do ódio que o Senhor tem à iniqüidade (cf. Hb 1.9).


(6) O profeta desafiava constantemente a santidade superficial e oca do povo, procurando desesperadamente encorajar a obediência sincera às palavras que DEUS revelara na Lei. Permanecia totalmente dedicado ao Senhor; fugia da transigência com o mal e requeria fidelidade integral a DEUS. Aceitava nada menos que a plenitude do reino de DEUS e a sua justiça, manifestadas no povo de DEUS.


(7) O profeta tinha uma visão do futuro, revelada em condenação e destruição (e.g., 63.1-6; Jr 11.22,23; 13.15-21; Ez 14.12-21; Am 5.16-20,27, bem como em restauração e renovação (e.g., 61- 62; 65.17-66.24; Jr 33; Ez 37). Os profetas enunciaram grande número de profecias acerca da vinda do Messias


(8) Finalmente, o profeta era, via de regra, um homem solitário e triste (Jr 14.17,18; 20.14-18; Am 7.10-13; Jn 3- 4), perseguido pelos falsos profetas que prediziam paz, prosperidade e segurança para o povo que se achava em pecado diante de DEUS (Jr 15.15; 20.1-6; 26.8-11; Am 5.10; cf. Mt 23.29-36; At 7.51-53). Ao mesmo tempo, o profeta verdadeiro era reconhecido como homem de DEUS, não havendo, pois, como ignorar o seu caráter e a sua mensagem.






O PROFETA E O SACERDOTE. Durante a maior parte da história de Israel, os sacerdotes e profetas, constantemente, entravam em conflito. O plano de DEUS era que houvesse cooperação entre eles, mas os sacerdotes tendiam a aderir ao liberalismo e deixavam de protestar contra a decadência do povo de DEUS.


(1) Os sacerdotes muitas vezes concordavam com a situação anormal reinante, e sua adoração a DEUS resumia-se em cerimônias e liturgia. Embora a moralidade ocupasse um lugar formal na sua teologia, não era enfatizada por eles na prática.


(2) O profeta, por outro lado, ressaltava fortemente o modo de vida, a conduta, e as questões morais. Repreendiam constantemente os que apenas cumpriam com os deveres litúrgicos Irritava, importunava, denunciava, e sem apoio humano defendia justas exigências e insistia em aplicar à vida os eternos princípios de DEUS. O profeta era um ensinador de ética, um reformador moral e um inquietador da consciência humana. Desmascarava o pecado e a apostasia, procurando sempre despertar o povo a um viver realmente santo.


A MENSAGEM DOS PROFETAS DO ANTIGO TESTAMENTO.


A mensagem dos profetas enfatiza três temas principais:


(1) A natureza de DEUS.


(a) Declaravam ser DEUS o Criador e Soberano onipotente do universo (e.g., 40.28), e o Senhor da história, pois leva os eventos a servirem aos seus supremos propósitos de salvação e juízo (cf. Is 44.28; 45.1; Am 5.27; Hc 1.6). (b) Enfatizavam que DEUS é santo reto e justo, e não pode tolerar o pecado, iniqüidade e injustiça. Mas a sua santidade é temperada pela misericórdia. Ele é paciente e tardio em manifestar a sua ira. Sendo DEUS santo, em sua natureza, requer que seu povo seja consagrado e santo ao SENHOR (Zc 14.20; cf. Is 29.22-24; Jr 2.3). Como o DEUS que faz concerto, que entrou num relacionamento exclusivo com Israel, requer que seu povo obedeça aos seus mandamentos, como parte de um compromisso de relacionamento mútuo.


(2) O pecado e o arrependimento.


Os profetas do AT compartilhavam da tristeza de DEUS diante da contínua desobediência, infidelidade, idolatria e imoralidade de seu povo segundo o concerto. E falavam palavras severas de justo juízo contra os transgressores. A mensagem dos profetas era


idêntica a de João Batista e de CRISTO: “arrependei-vos, senão igualmente perecereis”. Prediziam juízos catastróficos, tal como a destruição de Samaria, pela Assíria (e.g. Os 5.8-12; 9.3-7; 10.6-15), e a de Jerusalém por Babilônia (e.g., Jr 19.7-15; 32.28-36; Ez 5.5-12; 21.2, 24-27).


(3) Predição e esperança messiânica.


(a) Embora o povo tenha sido globalmente infiel a DEUS e aos seus votos, segundo o concerto, os profetas jamais deixaram de enunciar-lhe mensagens de esperança. Sabiam que DEUS cumpriria os ditames do concerto e as promessas feitas a Abraão através de um remanescente fiel No fim, viria o Messias, e através dEle, DEUS haveria de ofertar a salvação a todos os povos. (b) Os profetas colocavam-se entre o colapso espiritual de sua geração e a esperança da era messiânica. Eles tinham de falar a palavra de DEUS a um povo obstinado, que, inexoravelmente rejeitavam a sua mensagem (cf. Is 6.9-13). Os profetas eram tanto defensores do antigo concerto, quanto precursores do novo. Viviam no presente, mas com a alma voltada para o futuro.

A PREGAÇÃO PROFÉTICA

A PREGAÇÃO PROFÉTICA

Ezequiel 37.1-10

Idéia Central do Sermão:
O MUNDO PODE SER TRANSFORMADO
PELO PODER DA PREGAÇÃO PROFÉTICA
Frase de Efeito: QUEM TEM OUVIDOS OUÇA!

Pergunta de Ligação: - Como a pregação profética pode transformar o mundo? Devido aos seus extraordinários EFEITOS, fartamente ilustrados na visão do vale dos ossos secos:
Nota: Entenda por "pregação profética" aquela mensagem bíblica cristocêntrica, verdadeira, vinda diretamente de Deus, que restaura o homem em todos os aspectos e lhe traz vida eterna.

PRIMEIRO EFEITO: ORDEM NO CAOS - vs 7.
Tema do Meio: Ordem.
Explicação: Ao contrário de um cemitério, onde geralmente cada esqueleto tem o seu lugar, no vale dos ossos secos eles estavam esparramados, bagunçados. Um verdadeiro caos. O primeiro efeito da pregação profética de Ezequiel foi botar ordem no caos: "e os ossos se achegaram, cada osso ao seu osso".
Fundamentação: Gênesis 1.2: "E a terra era sem forma e vazia".
Opinião Contrária: Muitos estudiosos não aceitam a teoria do caos:
a. Sendo Satanás um espírito jamais alteraria a terra que é material;
b. Deus não permitiria a destruição da terra, pois tudo criou;
c. Não existe texto que comprove uma nova criação.
Glorificação: Ec 9.1-3 DEVERAS todas estas coisas considerei no meu coração, para declarar tudo isto: que os justos, e os sábios, e as suas obras, estão nas mãos de Deus, e também o homem não conhece nem o amor nem o ódio; tudo passa perante ele. 2 Tudo sucede igualmente a todos; o mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e ao puro, como ao impuro; assim ao que sacrifica como ao que não sacrifica; assim ao bom como ao pecador; ao que jura como ao que teme o juramento. 3 Este é o mal que há entre tudo quanto se faz debaixo do sol; a todos sucede o mesmo; e que também o coração dos filhos dos homens está cheio de maldade, e que há desvarios no seu coração enquanto vivem, e depois se vão aos mortos.
Aplicação: Antes mesmo de restaurar e vivificar, a ordem foi estabelecida.

A pregação profética nos faz ver a situação caótica em que nos encontramos quando estamos sem Jesus, confronta os nossos valores e nos leva a rever:
Nossos conceitos: pensamentos, idéias e ideais, crenças, filosofias de vida, prioridades etc.
Nosso contexto familiar: respeito, amor, fraternidade, confiança etc.
Nosso padrão moral: pornografia, adultério, preguiça, mentira, roubo, perjúrio, dívidas etc.
Enfim, rever toda a nossa existência: trabalho, estudo, projetos, amigos, compromissos etc.
Nota: Muitas pessoas já se dariam por satisfeitas com este único efeito da pregação profética sobre o caos de suas vidas, mas, há outros efeitos ainda mais maravilhosos.

SEGUNDO EFEITO: RESTITUIÇÃO - vs 8.
Tema do Meio: Restituição
Explicação: Logo após os ossos terem se juntado, o poder de Deus começa a reconstruir seus corpos.
É o momento da restituição de tudo aquilo que um dia eles tiveram, mas perderam.
Ilustração: Lucas 15 (a parábola do filho pródigo - o pai o recebeu e o restaurou).
Fundamentação: Jó 33.26 Deveras orará a Deus, o qual se agradará dele, e verá a sua face com júbilo, e restituirá ao homem a sua justiça, Joel 2.25 E vós, filhos de Sião, regozijai-vos e alegrai-vos no SENHOR vosso Deus, porque ele vos dará em justa medida a chuva temporã; fará descer a chuva no primeiro mês, a temporã e a serôdia. 24 E as eiras se encherão de trigo, e os lagares transbordarão de mosto e de azeite. 25 E restituir-vos-ei os anos que comeu o gafanhoto, a locusta, e o pulgão e a lagarta, o meu grande exército que enviei contra vós.
Opinião Contrária:
a. Uma vez salvo, salvo para sempre (?) Hb 10.38 - Mas o justo viverá da fé; E, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele.
b. Um crente não perde a Salvação (2Pe 2.20-22- Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador JESUS Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro. 21 Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado; 22 Deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao espojadouro de lama.
c. Deus só abençoa os justos. Sl 5.12 - Pois tu, SENHOR, abençoarás ao justo; circundá-lo-ás da tua benevolência como de um escudo.
Glorificação: Dt 28 1-2 - E SERÁ que, se ouvires a voz do SENHOR teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu hoje te ordeno, o SENHOR teu Deus te exaltará sobre todas as nações da terra. 2 E todas estas bênçãos virão sobre ti e te alcançarão, quando ouvires a voz do SENHOR teu Deus;
Aplicação: Este é um dos efeitos mais visíveis e comentados da pregação profética, pois as pessoas ficam maravilhadas ao verem como Deus vai restaurando e restituindo o que se havia perdido: anos de prejuízo são compensados por bênçãos impressionantes, casamentos literalmente acabados são restaurados, famílias destruídas são reorganizadas, esperanças são reavivadas, votos são renovados etc.
Nota: Muitas pessoas tem-se dado por mais que satisfeitas com estes dois efeitos em suas vidas, ordem e restituição, mas, isso não é nada comparado ao mais importante dos efeitos da pregação profética: a ressurreição!

TERCEIRO EFEITO: RESSURREIÇÃO - vs 10.
Tema do Meio: Vida eterna.
Explicação: A pregação profética verdadeira produz este efeito extraordinário, por ação do Espírito.
Fundamentação: a. João 10.10: "eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância".
b. Efésios 2.1: "Ele vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados".
Opinião Contrária:
a. Não haverá ressurreição - 2Tm 2.18 - os quais se desviaram da verdade, dizendo que a ressurreição era já feita, e perverteram a fé de alguns.
b. Devemos aproveitar as coisas do mundo – Mt 4.8-10 Novamente o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles. 9 E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. 10 Então disse-lhe JESUS: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás.
c. No último momento eu me arrependo, pois Deus é amor - Hb 6.6 - E recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus, e o expõem ao vitupério.
Hb 12.17 - Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que com lágrimas o buscou.
Glorificação: 1Tes 4.13-18 - Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. 14 Porque, se cremos que JESUS morreu e ressuscitou, assim também aos que em JESUS dormem, Deus os tornará a trazer com ele. 15 Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. 16 Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. 17 Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. 18 Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.

CONCLUSÃO
A verdadeira pregação profética reordena o caos das nossas vidas, restitui o que se perdeu e vivifica o pecador.
                                                SEJAMOS PROFETAS DE DEUS.

VOCÊ ACREDITA NO INFERNO?

Etimologia


A palavra inferno, que hoje conhecemos, origina-se das palavras Hades e Sheol, ambas com mesmo significado, tendo conotação clara de um lugar para onde os mortos vão. Em versículos bíblicos onde se menciona tais palavras, é possível perceber que se trata de um só lugar. Com o passar do tempo, muitas religiões interpretaram o inferno, como o destino de apenas alguns; pessoas que não assumiram uma conduta louvável no ponto de vista religioso, e que por isso, foram condenadas ao sofrimento jamais visto pelo mundo material.[1] Alguns teólogos observaram, contraditoriamente, que o inferno não poderia ser um lugar desagradável, afirmando que um personagem bíblico que estava em sofrimento no mundo real, almejou “esconder-se no inferno”, para aliviar sua dor. Porém, o próprio Jesus fez uma narrativa de uma situação de uma pessoa que se encontrava no inferno, essa pessoa implorava a Abraão que mandasse um conhecido que não estava no inferno lhe refrescasse a língua com pelo menos a ponta do dedo molhado em água, pois em chamas era atormentado (Ver Lucas, capítulo 16, versículos de 19 ao 31).[2] Obviamente tal relato não foi em sentido literal, pois uma gota de água não alivia dor de quem está em chamas ou num calor intenso, mas queria dizer que pelo enorme sofrimento precisaria aliviar-se de qualquer jeito. A crença na existência de um lugar de tormento para o significado das palavras Hades e Sheol, foi muitas vezes confundida com a palavra “Geena”, traduzida para “lago de fogo”, uma forma simbólica para destruição eterna. Alguns teólogos concluem que todos que morrem vão para o inferno (Hades e Sheol), lugar onde até o próprio Jesus foi, a sepultura, sua câmara mortuária. Como a própria Bíblia menciona, ele não foi esquecido no Inferno, foi ressuscitado no terceiro dia conforme relata os evangelhos. Porém deve-se salientar que outros teólogos veem que essa ida de Cristo ao lugar de tormento foi para tomar o lugar de cada ser humano que estava destinado à morte eterna pelo pecado original de Adão, e sendo Jesus tido como o consumador da fé serviu de cordeiro expiatório apesar de não ter visto corrupção.

Mudanças no Sentido da Palavra Inferno
O Dicionário Expositivo de Palavras do Velho e do Novo Testamento diz a respeito do uso de inferno para traduzir as palavras originais do hebraico Sheol e do grego Hades (Bíblia): Hades . . . Corresponde a Sheol no Antigo Testamento. Na Versão Autorizada do A.T. e do N. T., foi vertido de modo infeliz por Inferno.[3]
A Enciclopédia da Collier diz a respeito de Inferno: Primeiro representa o hebraico Seol do Antigo Testamento, e o grego Hades, da Septuaginta e do Novo Testamento. Visto que Seol, nos tempos do Antigo Testamento, se referia simplesmente à habitação dos mortos e não sugeria distinções morais, a palavra ‘inferno’, conforme entendida atualmente, não é uma tradução feliz.[4]
O Terceiro Novo Dicionário Internacional de Webster diz: Devido ao entendimento atual da palavra inferno (Latim Infernus) é que ela constitui uma maneira tão infeliz de verter estas palavras bíblicas originais. A palavra inferno não transmitia assim, originalmente, nenhuma idéia de calor ou de tormento, mas simplesmente de um lugar coberto ou oculto (de . . . helan, esconder).[5]
A Enciclopédia Americana diz: Muita confusão e muitos mal-entendidos foram causados pelo fato de os primitivos tradutores da Bíblia terem traduzido persistentemente o hebraico Seol e o grego Hades e Geena pela palavra inferno. A simples transliteração destas palavras por parte dos tradutores das edições revistas da Bíblia não bastou para eliminar apreciavelmente esta confusão e equívoco.[6]
O significado atribuído à palavra inferno atualmente é o representado em A Divina Comédia de Dante[7], e no Paraíso Perdido de Milton[8], significado este completamente alheio à definição original da palavra. A idéia dum inferno de tormento ardente, porém, remonta a uma época muito anterior a Dante ou a Milton.

Inferno como arquétipo contemporâneo

A fusão entre paixão, desejo, pecado e condenação envolvida na imagem do Inferno permitiram ao imaginário contemporâneo imaginar antes lugar de prazer e de servidão ao prazer do que propriamente de sofrimento ou purificação. O fenômeno é bem observado na cultura cristã que, no seguimento dos esforços aplicados às ideias de purificação do monoteísmo, condenou as divindades mais materiais da fertilidade, das paixões e da energia sexual, o que literalmente as transformou em demônios. Assim, os arquétipos da paixão e do prazer ficaram associados ao do inferno, com a conseqüente mudança de sentido e de atração sobre a imaginação.
Outras correntes de pensamento actuais, curiosamente também com base na cultura católica-cristã, demonstram a sua opinião de inferno não como um local físico, mas antes como um estado de espírito, indo ao encontro da ideia preconizada por diversas correntes filosófico-religiosas partidárias da reencarnação.

Politeísmo

Mitologia grega
Na mitologia grega, as profundezas correspondiam ao reino de Hades, para onde iam os mortos. Daí ser comum encontrar-se a referência de que Hades era deus dos Infernos. O uso do plural, infernos indica mais o caráter de submundo e mundo das profundezas do que o caráter de lugar de condenação, em geral dado pelo singular, inferno. Distinguindo o lugar dos mortos - o Hades - a mitologia grega também concebeu um lugar de condenação ou de prisão, o Tártaro.
A Grolier Universal Encyclopedia(Enciclopédia Universal Grolier, 1971, Vol. 9, p. 205), sob “Inferno”, diz:
“Os hindus e os budistas consideram o inferno como lugar de purificação espiritual e de restauração final. A tradição islâmica o considera como um lugar de castigo eterno.” O conceito de sofrimento após a morte é encontrado entre os ensinos religiosos pagãos dos povos antigos da Babilônia e do Egito. As crenças dos babilônios e dos assírios retratavam o “mundo inferior . . . como lugar cheio de horrores, . . . presidido por deuses e demônios de grande força e ferocidade”. Embora os antigos textos religiosos egípcios não ensinem que a queima de qualquer vítima individual prosseguiria eternamente, eles deveras retratam o “Outro Mundo” como tendo “covas de fogo” para “os condenados”. — The Religion of Babylonia and Assyria (A Religião de Babilônia e Assíria), de Morris Jastrow Jr., 1898, p. 581; The Book of the Dead (O Livro dos Mortos), com apresentação de E. Wallis Budge, 1960, pp. 135, 144, 149, 151, 153, 161, 200.

Religiões abraâmicas

Judaísmo
No judaísmo, o termo Gehinom (ou Gehena) designa a situação de purificação necessária à alma para que possa entrar no Paraíso - denominado por Gan Eden. Nesse sentido, o inferno na religião e mitologia judaica não é eterno, mas uma condição finita, após a qual a alma está purificada. Outro termo designativo do mundo dos mortos é Sheol, que apresenta essa característica de desolação, silêncio e purificação.
A palavra vem de Ceeol, que mais tarde dá origem ao termo sheol, não confundindo com "Geena" que era o nome dado a uma ravina profunda ao sul de Jerusalém, onde sacrifícios humanos eram realizados na época de doutrinas anteriores. Mais tarde, tornou-se uma espécie de lixão da cidade de Jerusalém, frequentemente em chamas devido ao material orgânico. O uso do termo Sheol indica lugar de inconsciência e inexistência, conforme o contexto nos mostra e não um lugar de punição.

Cristianismo
No Cristianismo existem diversas concepções a respeito do inferno, correspondentes às diferentes correntes cristãs. A idéia de que o inferno é um lugar de condenação eterna, tal como se apresenta hoje para diversas correntes cristãs, nem sempre foi e ainda não é consenso entre os cristãos. Nos primeiros séculos do cristianismo, houve quem defendesse que a permanência da alma no inferno era temporária, uma vez que inferno significa "sepultura", de onde, segundo os Evangelhos, a pessoa pode sair quando da ressurreição. Essa idéia é defendida hoje por várias correntes cristãs.

Adventismo
Na criação da humanidade, a união do pó da terra com o fôlego de vida produziu uma criatura ou alma vivente. Adão não recebeu uma alma como entidade separada; ele tornou-se alma vivente (Gn. 2:7). Na morte, ocorre o inverso: o pó da terra menos o fôlego de vida resulta numa pessoa morta ou alma morta, sem qualquer grau de consciência (Sl. 146:4; Ec. 9:5,6). Os elementos que haviam composto o corpo retornam à terra de onde haviam provindo (Gn. 3:19), enquanto que fôlego de vida volta a Deus, que o deu (Ec. 12:7). Cabe lembrar que na Bíblia, o termo hebraico e grego para 'espírito' (ruach e pneuma, repectivamente) NÃO se referem a uma entidade inteligente, capaz de existência consciente à parte do corpo. Ao contrário, esses termos se aplicam ao 'fôlego de vida' - o princípio vital da existência que anima seres humanos e animais. (baseado no livro 'Nisto Cremos' - Ensinos Bíblicos dos Adventistas do Sétimo Dia - download: http://www.cpb.com.br/arqs/nc/NC.pdf)
Assim sendo, fica evidente que os mortos dormem na sepultura num estado de insconsciência (Jó 14:12; Mt. 27:52; I Co. 15:51; I Ts. 4: 13-15), logo não estão em alguma habitação intermediária.
Todos aguardam a segunda vinda de Cristo, quando então os salvos serão ressuscitados e reinarão com Jesus durante mil anos (1 Tess. 4:15-18; 2 Corintios 4:14, Apocalipse 20:6). Depois desse período, os ímpios ressuscitarão para o Juízo final (Apocalipse 20:5-9). Então cairá fogo e enxofre do Eterno Deus para purificar a Terra (2 Pedro 3:10-12). Esse fogo queimará tudo (Isaias 33:12; Malaquias 4:1). Satanás, seus anjos e os ímpios também serão aniquilados. Jesus e seu povo fiel reinará para sempre na Nova Terra (Apocalipse 21:1-5). Nos textos originais, o significado da palavra inferno está associado à total inconsciência dos mortos na sepultura.
Por fim, é interessante notar que em Mateus 25 e Apocalipse 14, as palavras traduzidas por "eterno" e "séculos dos séculos" não significam necessariamente sem fim. As palavras gregas aion e aionios expressam duração enquanto a natureza do objeto permite. Por exemplo, em Judas 7 registra que as cidades de Sodoma e Gomorra estão sofrendo o fogo do castigo eterno (aionios) Mas 2 Pedro 2:6 diz que elas foram reduzidas a cinzas, tanto que é facilmente verificável que tais cidades não estão mais queimando em chamas. Quando o objeto das palavras "eterno" ou "para sempre" é a vida dos remidos que recebem imortalidade, a palavra significa um tempo sem fim. Quando se refere ao castigo dos ímpios, que não recebem a imortalidade, a palavra tem o significado de um período limitado de tempo. (baseado na Lição da Escola Sabatina - Jan/Mar 2009 - Casa Publicadora)

Catolicismo
Para a corrente católica, conduzida pela Igreja Católica Apostólica Romana, o inferno é eterno e corresponde a um dos chamados novíssimos: a morte, o juízo final, o inferno e o paraíso. Baseando-se em textos bíblicos como quando Jesus disse que o homem que desprezar seu irmão “incorrerá os fogos da Gehenna” (Mt 5,22). Jesus também advertiu, “não temais os que matam o corpo mas não podem matar a alma. Antes, temei quem pode destruir tanto corpo como alma na Gehenna” (Mt 10,28). Jesus disse, “Se tua mão te faz cair, corta-a. Melhor você entrar na vida com uma só mãos que manter ambas as mãos e ir para a Gehenna com seu fogo inextinguível” (Mc 9,43). Usando a parábola do joio e do trigo para descrever o juízo final, Jesus disse, “os anjos lançarão [os pecadores] na fornalha inflamável onde prantearão e moerão os seus dentes (Mt 13,42). Também, quando Jesus fala sobre o juízo final onde a ovelha será separada dos lobos, Ele dirá ao pecador, “afastai-vos de mim, malditos, para o fogo perpétuo preparado para o demônio e seus anjos (Mt 25,41). No Livro da Revelação, é relatado que cada pessoa é julgada individualmente e os pecadores são lançados em uma “fosso de fogo, a segunda morte” (20,13-14).

Protestantismo
Para muitas das denominações protestantes, o inferno é o local destituido da presença de Deus, porém não lhe está oculto, sendo que no cumprir das profecias esse inferno será lançado no lago que arde com fogo e enxofre.
A interpretação bíblica protestante afirma que, após a morte, a alma, uma vez no inferno, não poderá mais sair, assim como em relação ao paraíso (céu), não existindo forma de cruzar a fronteira que separa estes dois locais.
Há ainda outra visão dentro do cristianismo não-católico, que coloca a morte como um sono, um estado sem consciência (Eclesiastes 9:5; Jó 14:21; João 11:11-14), de forma que, conseqüentemente, os ímpios mortos não estão no inferno nem os salvos mortos no céu, mas aguardando a segunda vinda de Cristo, quando então os salvos entrarão para o céu, que é eterno, e os ímpios entrarão no lago de fogo, o inferno, (Apocalipse 20:15), que também será eterno (Miquéias 4:3). Segundo esta interpretação, o inferno é um lugar preparado para a punição de Satanás, seus anjos e seus seguidores (Mateus 25:41), ao contrário da visão comum que coloca Satanás como dominante do inferno.

Testemunhas de Jeová
Para as Testemunhas de Jeová, o inferno de fogo como lugar literal de tortura das pessoas iníquas é rejeitado. Citam na Bíblia, os termos normalmente traduzidos por "inferno", Hades (Bíblia) [termo grego] e Seol [ou Sheol, termo hebraico], significando "sepultura" ou "lugar dos mortos". Também no caso de Geena [termo grego] com a ideia de destruição e aniquilação eterna.(Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas). Citam Atos 2:27, onde Jesus desceu ao Inferno (Hades ou Seol) e foi ressuscitado . As Testemunhas de Jeová acreditam que após a ressurreição dos mortos, os pecados anteriores não lhes serão imputados, mas poderão recomeçar a vida escolhendo voluntariamente servir a Deus e alcançar assim a salvação.

Espiritismo
O inferno, segundo a visão do Espiritismo, é um estado de consciência da pessoa que incorre em ações contrárias às estabelecidas pelas Leis morais, as quais estão esculpidas na consciência de cada pessoa.
Uma vez tendo a criatura a sua consciência “ferida”, passa a viver em desajuste mais ou menos significativo de acordo com o grau de gravidade de suas ações infelizes, e se estampam através de desequilíbrios Espiritual, emocional, psicológico ou até mesmo orgânico. Esta situação lhe causa terríveis dissabores.
Uma vez morta, se a criatura não evitou ações infelizes, buscando vivência saudável de acordo com as leis divinas, ela segue para o Plano Espiritual ou incorpóreo. Lá, junta-se a outros espíritos, que trazem conturbações conscienciais semelhantes. Afins, atraem afins.
Os Planos Espirituais de sofrimentos são inumeráveis e, guardam níveis de sofrimentos diferenciados, cujos níveis são estabelecidos pelos tipos de degradação da consciência, resultantes das ações perpetradas por cada criatura.
Portanto o Inferno na visão espírita, como região criada por Deus para sofrimento eterno da criatura e geograficamente constituído, não existe. Se um dia todas estas criaturas sofredoras na erraticidade regenerarem-se, estas regiões deixarão de existir. É como se todos os pacientes de um manicômio terrestre fossem curados; o hospital poderia ser demolido e ceder o seu espaço a um jardim, etc.
Deus não imputa pena eterna a nenhum de seus filhos. Podem Sofrer, enquanto não despertarem para o Bem e se proporem a trilhar o reto caminho. Um dia mais cedo ou mais tarde Ele, O Criador, na Sua Misericórdia e Amor, concederá à criatura sofredora retorno à carne para continuar o seu aprendizado e aperfeiçoamento.
Estes conceitos são encontrados em O Livro dos Espíritos editado em Abril de 1857 na sua quarta parte e, no livro O Céu E O Inferno editado em 1865. Ambas obras tendo como autor, Allan Kardec.

Islamismo
No Islã, o inferno é eterno, consistindo em sete portões pelos quais entram as várias categorias de condenados, sejam eles muçulmanos injustos ou não-muçulmanos. Como na crença judáica, para o islamismo o inferno também é um lugar de purificação das almas, onde aqueles que, se ao menos um dia de suas vidas acreditaram que Deus (Allah) é único, não Gerou e nem Foi gerado, terão suas almas levadas ao Paraíso um dia. Não raro, é comum a crença de que no Islã o castigo é eterno, por ter bases fundamentalistas de alguns praticantes, pelo fato de o Alcorão mencionar diversas vezes a palavra castigo e sofrimento no fogo do inferno. Porém é fato que o mesmo Texto deixa claro que existem condições para se pagar os pecados e sofrer as consequencias, como também existem meios de se alcançar o perdão para o não banimento ao inferno por meio de aplicações de condutas que condizem com os bons costumes e a maneira de enxergar Deus, a vida e a forma de como deverá cada ser conduzi-la, a ponto de pagarem seus pecados post mortem, ou alcançarem a graça do perdão Divino.

Religiões orientais
Budismo
De certo modo, todo o samsara é um lugar de sofrimento para o budismo, visto que em qualquer reino do samsara existe sofrimento. Entretanto, em alguns reinos, o sofrimento é maior correspondendo à noção de inferno como lugar ou situação de maior sofrimento e menor oportunidade de alcançar a liberação do samsara. Por esse motivo, muitas vezes expressam-se esses mundos de sofrimento maior como infernos. Nenhum renascimento em um inferno é eterno, embora o tempo da mente nessas situações possa ser contado em eras.
Contam-se dezoito formas de infernos, sendo oito quentes, oito frios e mais dois infernos que são, na verdade, duas subcategorias de infernos: os da vizinhança dos infernos quentes e o infernos efêmeros. Além desses dezoito que constituem o "Reino dos Infernos", pelo sofrimento, o "Reino dos Fantasmas Famintos" é comparável à noção de inferno, sendo constituído de estados de consciência de forte privação - como fome ou sede - sem que haja possibilidade de saciar essa privação.
No budismo, o renascimento em um inferno é uma conseqüência das virtudes e não-virtudes praticadas, de acordo com a verdade relativa do karma. Entretanto, alguns poucos atos podem, por si, conduzir a um renascimento nos infernos, principalmente o ato de matar um Buda e o ato de matar o próprio pai ou a própria mãe. A meditação sobre os infernos deve gerar compaixão.

SOBRE O AUTOR DO BLOG

Minha foto
Taubate, São Paulo, Brazil
Fui seminarista católico por 6 anos, porém no ano de 1999 tornei-me evangélico. Creio que o respeito pelas pessoas está acima das religiões. Sou Bacharel em Teologia, Graduado em Segurança Pública e Letras (Língua Portuguesa e Inglesa). Sou apaixonado pela Santa Palavra de Deus, e procuro ministrá-la com isenção de tendencionalismos e imposições humanas, buscando a verdade acima de tudo. Minha conversão foi fruto tão somente do estudo da Palavra de Deus, e da busca constante pelo Espírito Santo.

MINHA INSPIRAÇÃO

MINHA INSPIRAÇÃO
Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor muito excede ao de finas jóias. O coração de seu marido confia nela, e não haverá falta de ganho. Ela faz bem e não mal, todos os dias de sua vida. Prov 31.10-12